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Eles são a alma dos seus aparelhos: embora pequenos, a tecnologia necessária para reciclar é complexa

Placas de Circuito Interno (PCI) são a parte responsável pela circulação de sinais elétricos em celulares, computadores, geladeiras, carros, micro-ondas e por aí vai. Basicamente, estão presentes em todos os eletroeletrônicos que existem. Elas são compostas por 40% de metal, 30% de polímeros (plásticos) e 30% cerâmica. E já que reciclar é a palavra do momento, pesquisadores da Escola Politécnica da USP estão desenvolvendo estratégias para recuperar os metais presentes nessas placas.

O cobre, por exemplo, é uma matéria-prima comum nesses circuitos e que possui alto valor. Mas de nada adianta reciclar de um lado e gerar poluição de outro – a pirometalurgia, por exemplo (que é a queima ou pirólise da placa), pode ser poluente, além de consumir mais energia.

Placa de cobre

Pensando nisso, a coordenadora do projeto, professora Denise Crocce Romano Espinosa, do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), optou por usar a sonoquímica e a hidrometalurgia. Primeiro, ondas de ultrassom fragmentam o material, deixando o metal mais fino; depois, colocam-no em meio líquido, para ocorrer a separação definitiva.

Outros metais também podem ser recuperados nesse processo, como níquel, alumínio, ferro e até ouro e prata. Algumas ligas são feitas de chumbo ou mercúrio (embora não seja mais permitido o uso deste último desde 2002, pela diretiva RoHS – Reduction of Hazardous Substances -, e com a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, o cuidado é ainda maior).

Ainda não existem empresas no Brasil que recuperem o cobre das PCI. Os pesquisadores da Poli usaram os materiais do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática, que recebe materiais de docentes, alunos e funcionários da USP. Eles procuram tratar pequenas quantidades por vez, o que é uma ideia sustentável, já que evita o transporte massivo e poluente e estimula o pequeno empreendedor. Também é atual: hoje em dia, o tempo de vida útil dos eletroeletrônicos é curto, e a escassez de minérios é uma realidade.

O resultado das pesquisas foi apresentado recentemente na 28ª Conferência Internacional sobre Tecnologia em Resíduos Sólidos, nos Estados Unidos, e também no 14º Simpósio Internacional sobre Cuidados com Aterros e Resíduos, na Itália, em 2013.


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