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Entenda mais sobre o elefante e suas evoluções e adaptações ao longo do tempo

O elefante é o maior mamífero terrestre existente, que, dependendo da espécie, pode pesar cerca de 8 mil quilos e alcançar de 3 a 4 metros de altura. Pertencente à família Elephantidae, existem duas espécies de elefantes: o asiático e o africano — que possuem diferentes subespécies. 

O animal é comumente encontrado em savanas, pastagens e florestas, mas ocupam uma ampla gama de habitats, incluindo desertos, pântanos e terras altas em regiões tropicais e subtropicais de suas terras nativas — na África e na Ásia. 

Esses animais sencientes são conhecidos como gigantes gentis de comportamento altruísta. Além disso, também possuem uma ótima memória, que foi eternizada no ditado popular “memória de elefante”. 

E, embora possua uma vasta importância à biodiversidade e uma longa expectativa de vida (de 60 a 70 anos), todas as suas espécies estão ameaçadas de extinção

Elefantes africanos continuam sob pressão de caçadores, alerta relatório

Espécies 

Elefante-africano (Loxodonta africana)

O elefante africano é dividido em duas subespécies:  

  • Elefante-da-savana (Loxodonta africana): é a maior espécie de elefante que existe e, como sugerido pelo seu nome, habita savanas africanas; 
  • Elefanta-da-floresta (Loxodonta cyclotis): foi reconhecida como uma subespécie da espécie africana em 2000, possui presas finas que apontam para baixo e é relativamente menor que o elefante-da-savana. Habita florestas tropicais.

Elefante-asiático (Elephas maximus)

Possui mais de 10 diferenças físicas entre a espécie africana. É caracterizado por possuir orelhas menores e por serem relativamente menores do que a outra espécie — atingindo cerca de 3,5 metros de altura e pesando até 5,5 mil quilos. 

Possui três espécies de elefantes que são diferenciadas por seus habitats: 

  • E. maximus indicus: da Índia;
  • E. maximus sumatranus: da Sumatra, na Indonésia;
  • E. maximus maximus: do Sri Lanka.

Características e fatos sobre o elefante

Os elefantes são grandes mamíferos de cor acinzentada a marrom, pelos esparsos e grossos que cobrem todo o corpo, orelhas proeminentes, trombas cumpridas e fortes e presas. Eles possuem quatros patas, com dois joelhos nas patas traseiras e cotovelos e pulsos nas patas dianteiras — que são muitas vezes confundidos com quatro joelhos.  

A tromba do elefante é, possivelmente, a sua característica mais importante. Ela é composta por uma combinação do lábio superior e nariz, com as narinas localizadas na ponta. Pode pesar até 130 quilos e é capaz de carregar 250 quilos. É extremamente hábil, móvel e sensível, com mais de 40 mil músculos que ajuda o animal a cheirar, comer, respirar debaixo d’água, fazer sons, limpar-se e defender-se.

close up das trombas e presas de dois elefantes
Foto de Bisakha Datta na Unsplash

Além das trombas, o animal da ordem Proboscidea possui grandes presas de marfim, cujo tamanho e formato são herdados de cada espécie. Na espécie africana, tanto o macho quanto a fêmea possuem presas, enquanto no elefante asiático é principalmente o macho que possui presas.

Os dentes e presas são usados para a defesa, ataque, escavação, levantamento de objetos e coleta de alimentos. 

Extremamente sociais, os elefantes são animais que vivem em grupos liderados por uma matriarca e seguem uma estrutura social complexa de fêmeas e filhotes, enquanto os machos tendem a viver isolados ou em pequenos grupos. O seu período de gestação é maior do que de qualquer outro mamífero, podendo durar cerca de 22 meses no total. 

São animais herbívoros, que se alimentam de uma variedade de plantas, incluindo gramíneas, frutas e raízes. Um adulto da espécie consome até 100 quilos de comida e 100 litros de água por dia, o que contribui para o seu papel nos ecossistemas que habitam. 

Evolução e adaptação 

Um estudo da Universidade de Helsinki reuniu evidências de que os elefantes começaram a se adaptar devido a mudanças em suas dietas provocadas pela vegetação e mudanças climáticas na África Oriental durante os últimos 26 milhões de anos.

“Fomos capazes de mostrar que os picos mais fortes de secagem do clima da África Oriental durante os últimos 7 milhões de anos (por exemplo, cerca de 4 e 2 milhões de anos atrás) correspondem a explosões evolutivas no aumento da altura da coroa dentária e do número de cristas nos dentes molares [dos elefantes], enquanto essas mudanças evolutivas não se reverteram em períodos de condições climáticas menos severas”, disse Juha Saarinen, autor principal da pesquisa.

O que comprovou essas mudanças foi o estudo dos dentes dos animais. Segundo o que foi analisado, a alimentação baseada em grama dos elefantes pode ter resultado na abrasão nos seus dentes através do alto conteúdo de grãos minerais na dieta. 

Por outro lado, a descoberta impulsionou a hipótese de que traços adaptativos em organismos são adaptações a condições ambientais extremas, em vez de médias.

Estado de conservação

Ambas as espécies de elefante são listadas como espécies ameaçadas de extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). No começo do século 21, menos de 50 mil elefantes-asiáticos permaneceram na natureza e durante 1979 e 1989, o número de elefantes-africanos na natureza foi reduzido em mais da metade, de 1,3 milhões para 600 mil.

As principais ameaças à conservação dessas espécies se dá a perda, fragmentação e degradação de seus habitats. Entretanto, os animais também sofrem através de ações antrópicas, como a caça ou conflitos territoriais entre animais e humanos. 

Os elefantes-asiáticos, por exemplo, habitam uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, são incapazes de coexistir com a expansão da população humana. De fato, muitos fazendeiros e agricultores destroem os habitats naturais em que a espécie habita, conflito que resulta na matança retaliatória de elefantes.

Alguns esforços foram implementados para evitar as consequências da invasão de habitat desses mamíferos. O Project Orange Elephant, de Sri Lanka, por exemplo, incentiva a plantação de árvores cítricas ao redor de plantações, que afastam os elefantes da área sem maiores consequências.

Além disso, a proibição de 1989 do comércio internacional de vendas de marfim também contribuiu para a redução da caça legal e ilegal dos animais, especialmente na África. 


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