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Agroenergia é o uso de material orgânico para a geração de energia

A agroenergia caracteriza-se pelo uso de fontes orgânicas de origem não fóssil para a produção de energia. Ela consiste num conjunto de estratégias e tecnologias para a fabricação de biocombustíveis por meio de diversas fontes, como resíduos agrícolas, resíduos florestais e óleos. Dessa forma, a agroenergia é considerada um tipo de energia renovável.

Como funciona a agroenergia e quais os principais tipos de biocombustíveis?

As fontes da agroenergia vêm da biomassa produzida na fotossíntese, que é convertida em energia. Assim, é possível fabricar diversos tipos de biocombustíveis por meio de matéria orgânica. 

No Brasil, foi criado o Programa Nacional de Agroenergia (PNA), que estabeleceu diretrizes para a produção de biocombustíveis em quatro principais fontes: etanol, biodiesel, florestas energéticas e resíduos agropecuários.

Etanol

O etanol é obtido, principalmente, a partir da fermentação da cana-de-açúcar. Porém, ele também pode ser feito por meio de outras fontes vegetais, como o milho. O etanol atua como combustível para automóveis e é uma alternativa para o uso de combustíveis fósseis, como a gasolina.

Biodiesel

O biodiesel é obtido a partir da reação de gordura animal ou vegetal com um álcool (etanol ou metanol) pelo processo de transesterificação (processo em que um éster e um álcool resultam em um novo éster). Normalmente, a gordura utilizada é o óleo de soja, porém há outras alternativas à soja, como o óleo de dendê, mamona e algodão.

O uso do biodiesel é muito diversificado, podendo ser usado na geração de energia elétrica em vários processos industriais ou como combustível para veículos automotivos. Ele pode substituir completamente ou parcialmente o diesel, combustível oriundo do petróleo.

Florestas energéticas

As florestas energéticas são criadas para a extração de madeira, galhos e folhas, que produzem lenha e carvão vegetal. Essa biomassa florestal é usada como fonte energética desde os primórdios da humanidade e é bastante usada para a geração de energia na forma de calor ou eletricidade. 

Além disso, o carvão vegetal pode ser utilizado até na siderurgia, produzindo o aço verde.

Resíduos agropecuários

Os resíduos vegetais e dejetos animais podem passar pelo processo de biodigestão, produzindo biogás e biofertilizante. O biogás é um gás natural feito a partir da decomposição de matéria orgânica e, através de sua combustão, ele pode ser utilizado para gerar energia em caldeiras.

Quais fatores conduziram ao uso da agroenergia no Brasil?

O uso de agroenergia no Brasil é amplo e diverso, sendo um dos tipos de energias renováveis mais conhecidos. Isso acontece devido ao enorme potencial agrícola e aos recursos biológicos do país. 

O Brasil possui um território vasto, que possibilita o uso de terras para a produção de agroenergia sem prejudicar áreas já ocupadas com a produção agrícola. Da mesma forma, o país recebe quantidades enormes de radiação solar ao ano, que é a base para produção de biomassa.

Além disso, a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) fizeram com que o uso desses combustíveis aumentasse. Assim, os avanços tecnológicos nessa área expandiram, visando a modernização e inovação da produção de agroenergia no país.

Vantagens da agroenergia

A agroenergia proporciona diversos benefícios para o desenvolvimento do país. Como exemplo, destacam-se:

  • Desenvolvimento tecnológico, que aumenta a produtividade, agregação de valor aos produtos e diminui impactos ambientais;
  • Autonomia energética;
  • Geração de emprego e renda;
  • Otimização e aproveitamento de regiões degradadas;
  • Liderança no comércio internacional de biocombustíveis;
  • Promoção do desenvolvimento sustentável em áreas rurais;
  • Aumento da competitividade com outros países.

Desvantagens da agroenergia

Por outro lado, a produção de agroenergia requer uma harmonização entre políticas agrícolas e políticas energéticas, que podem entrar em conflito. Junto a isso, um estudo na Revista Iberoamericana de Economia Ecológica aponta outras dificuldades encontradas para o avanço do setor no país, como o predomínio dos interesses do setor industrial em relação aos interesses do rural e atrasos no desenvolvimento de matérias-primas. 

Além disso, ao serem despejados de forma incorreta no meio ambiente, alguns produtos dos biocombustíveis podem gerar impactos ambientais, como intoxicação da fauna e flora local e poluição das águas.


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