Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

O Pantanal é o menor bioma brasileiro e a maior planície de inundação do mundo

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores planícies alagadas do mundo, abrangendo os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ele é o menor bioma em extensão territorial do Brasil, ocupando cerca de 2% do território nacional. O Pantanal também abriga a bacia hidrográfica do Rio Paraguai, que é alimentada pelos rios Paraguai, Cuiabá, São Lourenço e Miranda. No período das cheias, boa parte da planície pantaneira fica alagada, fazendo com que o solo não seja capaz de absorver toda a água.

O Pantanal é um bioma muito peculiar, que possui a maior concentração de fauna das Américas e características de outros biomas. Além disso, ele liga duas bacias hidrográficas de importância transfronteiriça, a Amazônica e a do Prata, o que lhe atribui a função de corredor biogeográfico, ou seja, contribui para a ampliação das várias espécies da fauna e flora. Por isso, ele é considerado um patrimônio natural pela Unesco.

Fauna e flora do Pantanal

O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, ele sofre influência do bioma Chaco (nome dado à região do Pantanal localizada no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem com populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal – e da onça-pintada.

Estudos indicam que o bioma abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, que em alguns casos é medicinal. A maioria dessas plantas provém de outros biomas, com raras espécies endêmicas. Alguns exemplos da flora do Pantanal são: vitória-régia, aguapé, orquídea, palmeira e figueira.

Vegetação do Pantanal

pantanal
Por silvioassuncao, sob CC BY-NC-ND 2.0, em Flickr

A vegetação do bioma Pantanal é muito diversificada devido à grande influência de outros biomas e também por conta do encharcamento do solo durante um período do ano. Ela é composta principalmente por matas, cerradões, savanas e campos inundáveis. Além disso, o curso dos rios apresenta matas ciliares, isto é, florestas mais densas que acompanham o curso das águas. Nos terrenos alagados, é possível encontrar espécies de vegetação aquática e, raramente, tapetes de gramíneas.

Clima do Pantanal

O clima predominante no Pantanal é o tropical, que possui características de continentalidade. O clima tropical é bem definido tanto por períodos de seca quanto por períodos chuvosos. A precipitação varia durante o ano, causando um ciclo regular de seca e cheia, o que torna o Pantanal um ecossistema único.

A média da precipitação anual da planície alagável fica entre 1000 e 1400 mm, com picos máximos em janeiro e mínimos em julho. Além disso, as temperaturas médias giram em torno dos 25 º C, mas podem alcançar máximas de 40 º C e mínimas próximas a 0 º C.

Solos do Pantanal

Os solos que constituem o Pantanal se formaram pela deposição de fragmentos rochosos provenientes de áreas de maior altitude. Eles apresentam baixa impermeabilidade e reduzida fertilidade. Isso ocorre porque esse solo apresenta excesso de água, o que dificulta a decomposição da matéria orgânica.

No período de seca, os solos apresentam uma espécie de areia composta por restos de animais e vegetais, o que lhes dá um pouco de fertilidade. Os tipos de solos encontrados nessa planície alagável são podzólicos vermelho amarelos, argissolos, litólicos, brunizéns avermelhado e solos concrecionários.

Atividades antrópicas no Pantanal

A principal atividade antrópica presente no Pantanal é a agropecuária. Junto com os garimpos, a prática têm tido forte participação no desmatamento e no assoreamento de rios. Os agrotóxicos usados nas lavouras, a caça predatória, a pesca ilegal e, em menor escala, o contrabando, também ameaçam esse bioma.

Vale ressaltar que apenas 4,6% da região pantaneira está protegida por unidades de conservação, das quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável. Isso mostra que a implementação de políticas públicas que conservem a área compreendida pelo bioma é extremamente necessária.


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais