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Hábitos de consumo colocam os homens bem à frente das mulheres no ranking de emissões atmosféricas por gênero

Uma nova análise, liderada por pesquisadores suecos, mostrou que os homens contribuem mais para as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo agravamento das mudanças climáticas, do que as mulheres.

Publicada esta semana no Journal for Industrial Ecology, a pesquisa mostrou que, embora os gastos dos dois gêneros sejam semelhantes, o estilo de vida influencia – e muito! – na quantidade de poluentes que liberamos na atmosfera. Os dados se baseiam nos hábitos de consumo de pessoas solteiras.

Mesmos gastos, efeitos diferentes

Segundo os pesquisadores, homens e mulheres gastam as mesmas quantias de dinheiro no dia a dia – mas os hábitos de consumo masculinos causam 16% mais emissões do que os femininos. Dois fatores que explicam esse fenômeno são o uso de automóveis e a preferência por alimentos de origem animal.

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A maior diferença entre os gêneros cai na conta dos combustíveis para carros: os homens costumam gastar quase o dobro do valor desembolsado pelas mulheres com gasolina e diesel. A pesquisa não incluiu combustível para veículos de trabalho, como táxis ou vans de transporte.

Além disso, os hábitos alimentares também cobram um preço alto em impactos ambientais.

Férias e comida: melhores escolhas são possíveis

Tanto para os homens, como para as mulheres, os feriados e as férias foram responsáveis ​​por cerca de um terço das emissões contabilizadas. A dieta também é um problema (ou uma solução).

Enquanto os homens preferem pedir comida delivery e abusam de alimentos de origem animal, as mulheres costumam cozinhar em casa e parecem mais dispostas a apostar em vegetais e frutas, o que reduz sua pegada ecológica.

Para você ter uma ideia, atitudes simples – como trocar a carne e os laticínios por alimentos plant-based e optar por trens durante as viagens, em vez de aviões e carros – reduzem as emissões individuais em cerca de 40%.

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Segundo o jornal britânico The Guardian, um estudo de 2017 revelou que as três melhores atitudes individuais para combater as mudanças climáticas são, nesta ordem, ter um filho a menos, abandonar o carro e evitar viagens de avião.

Já estudos de 2010 e 2012 mostraram que os homens tendem a gastar mais energia não renovável e a comer mais carne do que as mulheres, contribuindo mais para as mudanças climáticas.

Mas Carlsson Kanyama, coautor do novo estudo, acredita que mais estudos são necessários para analisar as diferenças de gênero nos impactos ambientais. Para ele, “existem diferenças muito claras, e não é provável que elas desapareçam num futuro próximo”.

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Ainda de acordo com o The Guardian, o Acordo Verde da União Europeia foi criticado na semana passada por não incluir a interseção entre gênero e meio ambiente.

“A crise climática é um dos principais desafios do nosso tempo e afeta homens e mulheres de maneira bem diferente”, disse Leonore Gewessler, ministra do clima da Áustria. “Por exemplo, a maior parte das pessoas afetadas pela pobreza energética são mulheres. É, portanto, crucial levar as diferenças de gênero na equação, se queremos desenvolver soluções e uma transformação que funcione para todos”, concluiu.

“As políticas do Acordo Verde europeu são, na melhor das hipóteses, cegas à questão de gênero; e, na pior, ampliam as desigualdades de gênero”, disse Nadège Lharaig, do Escritório Ambiental Europeu, que publicou o relatório “Por que o Acordo Verde Europeu precisa do ecofeminismo” na última na sexta-feira.


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