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Estudo comparou o impacto de ir ao supermercado com a entrega de comida pela Internet e mostra que pedir entrega emite menos gases estufa

Os serviços de assinatura de entrega em domicílio movimentaram 2,6 bilhões de dólares em vendas em 2016, somente nos Estados Unidos. A conclusão é de estudo elaborado pela empresa McKinsey & Company, publicado em fevereiro de 2018, que informou um crescimento de 100% anual do setor entre 2013 e 2018.

Para a consultoria, os três principais fatores que apoiaram o crescimento desse setor são: reposição, curadoria e acesso.

Mais da metade dos usuários utiliza o serviço para os produtos selecionados, buscando uma experiência altamente personalizada, enquanto quase um terço é motivado pela conveniência, atribuindo sua compra à reposição. Apenas 13% dos consumidores revelaram utilizar os serviços para acessar ofertas especiais.

Contudo, o excesso de embalagens continua afetando o setor de comércio eletrônico e clubes de assinaturas, apesar de poucos serviços terem introduzido materiais sustentáveis.

O número de caixas de papelão produzidas para produtos de beleza, alimentos congelados e outros itens revela um fardo ambiental: desperdícios de alimentos, por exemplo, representam 8% das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), custando quase 1 trilhão de dólares em todo o mundo.

Impactos observados

Impactos positivos foram observados para alguns serviços de entrega, especificamente no que se refere ao desperdício de alimentos.

O estudo comparou o impacto de ir ao supermercado com a entrega de comida pela Internet, e demonstrou que a ida do consumidor ao mercado equivale a 11% das emissões de gases que causam o efeito estufa, comparado a 4% com o serviço de entrega de refeições. O número pode cair ainda mais com a introdução de drones e vans elétricas na frota de entrega.

Avaliando o desperdício de alimentos dos kits de refeições em comparação às compras de supermercado, uma equipe de pesquisa da Universidade de Michigan descobriu que os kits de refeições fornecem porções muito mais precisas de alimentos para a mesma refeição, o que reduziu drasticamente o desperdício de alimentos e as emissões de carbono de cada família.

Embora a entrega direta emita menos carbono, o dano real ocorre com a geração de lixo, com mais de 1 milhão de embalagens sendo jogadas fora por dia em dezembro de 2019. No total, quase 1 bilhão de árvores foram cortadas para atender às demandas de embalagens de papelão para os 165 bilhões de pacotes enviados em 2017.

O artigo publicado pelo PNUMA também chama a atenção para produtos de beleza e cuidados pessoais, que consomem grande quantidade de plásticos descartáveis, e afirma que o montante usado na indústria desde 1960 subiu 120 vezes.

Consumo consciente

Ao fornecer uma seleção de produtos “com curadoria”, os serviços de assinatura geram reforço positivo, oferecendo uma recompensa desconhecida a cada parcela.

O aspecto mais preocupante, segundo o PNUMA, é a falha em conseguir reduzir o consumo, incentivado pela facilidade e comodidade da compra online. Muitos consumidores têm múltiplos serviços de assinaturas na Internet. O receio é de que as empresas acabem se especializando no que os compradores querem em vez do que eles precisam.

“Devido as nossas crescentes taxas de consumo de recursos, precisamos consumir menos e de maneira diferente”, disse Garrette Clark, diretora de Estilos de Vida Sustentáveis do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “Pensar sobre do que realmente precisamos, o que melhora o nosso bem-estar e quais opções existem por aí que funcionam para nós podem ajudar a ajustar nossa tomada de decisão”, afirmou Clark.

Cada vez mais empresas estão analisando como implementar produtos sustentáveis em suas linhas de produção. São iniciativas ecologicamente corretas que fornecem produtos veganos, ambientalmente justos, livres de plásticos descartáveis e éticos.

Cultura e comportamento

Esses serviços oferecem também soluções para uma clientela cada vez maior e mais consciente de consumidores que buscam se afastar da economia do desperdício, incentivando o consumo com a prática ambiental de compras.

O PNUMA ressalta, no entanto, que a responsabilidade não é somente dos consumidores. As empresas também precisam de soluções sustentáveis em suas linhas de fornecimento e operações que possam mudar a cultura e o comportamento do consumo em excesso e de desperdício.

Fonte: ONU Brasil

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