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Satélites da NASA mostram que mais da metade dos oceanos estão verdes

Mais de 56% dos oceanos do mundo mudaram de cor, indo do azul ao verde, nos últimos 20 anos, de acordo com uma pesquisa publicada na Nature. Embora a natureza precisa dessa mudança seja incerta, cientistas atribuem o “esverdeamento” da água como uma consequência das mudanças climáticas

A análise foi feita através do satélite MODIS-Aqua, da NASA, que identificou essa mudança gradual de cores em um período entre 2002 e 2022. De acordo com os dados coletados, a mudança ocorreu em uma área do oceano maior do que a totalidade de terra no planeta.

“Tenho feito simulações que me dizem há anos que essas mudanças na cor do oceano vão acontecer. Ver isso acontecendo de verdade não é surpreendente, mas assustador. E essas mudanças são consistentes com as mudanças induzidas pelo homem em nosso clima”, disse Stephanie Dutkiewicz, coautora do estudo, em um comunicado à imprensa.

Oceano
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A cor dos oceanos é determinada através de suas camadas superiores, que refletem as substâncias presentes na água. Em geral, a cor verde indica uma grande concentração de fitoplânctons na água, micróbios que contêm clorofila e que possuem um grande papel na capacidade de absorção de carbono do oceano. 

Frente a importância desses organismos, pesquisadores começaram a monitorar a população de fitoplânctons no oceano através do rastreamento de alterações de clorofila. No entanto, em 2010, um estudo alertou que se os cientistas olhassem apenas para a clorofila, levaria pelo menos 30 anos para identificar qualquer tendência impulsionada pelas mudanças climáticas.

Diante disso, os pesquisadores do novo estudo passaram por medições da cor do oceano feitas pelo espectrorradiômetro de imagem de resolução moderada (MODIS), que vem observando a cor do oceano há mais de 20 anos. Essa tecnologia faz medições em sete comprimentos de onda, incluindo as duas cores usadas para estimar a clorofila.

O foco inicial do estudo era o exame das mudanças de cor em diferentes regiões dentro de um ano inteiro, considerando suas alterações naturais. Então, o método foi expandido por um período mais longo, que mostrou que as mudanças não podem ser explicadas pela variabilidade típica da cor do oceano de ano para ano.

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Depois disso, os cientistas usaram um modelo de clima para analisar se existia uma conexão entre essas alterações e as mudanças climáticas. Dois cenários diferentes foram observados: um adicionando gases de efeito estufa e outro sem eles. 

O cenário que contou com a interferência dos gases do efeito estufa previu mudanças na cor do oceano em cerca de 50% dos oceanos do mundo — que coincide com as observações feitas pelo MODIS-Aqua. 

“Isso fornece evidências adicionais de como as atividades humanas estão afetando a vida na Terra em uma enorme extensão espacial. É outra maneira pela qual os humanos estão afetando a biosfera”, disse o principal autor B. B. Cael, do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, em um comunicado. 


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