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Fenômeno visto no espaço, microgravidade é responsável por exercer algumas mudanças no corpo humano e pode ser explorada científica e economicamente

A microgravidade é um fenômeno com origem na queda livre, onde um determinado corpo não tem um peso aparente. Ela é exercida em ambientes onde o peso aparente de um corpo é significativamente menor que o seu peso real. Isso acontece devido a uma forte influência da força de empuxo. 

O que é ambiente de microgravidade e como funciona?

Nos diversos filmes espaciais ou vídeos divulgados por agências espaciais, vemos os astronautas e seus objetos “flutuarem”, nos levando a pensar em uma ausência de gravidade no local em que estão situados. Podemos explicar esse fenômenos, retratados em filmes e vídeos, pelo efeito da microgravidade. Um ambiente de microgravidade é um espaço onde o peso aparente (resultado da força peso e o empuxo que age sobre o corpo) de um corpo é significativamente menor do que o peso real em um determinado sistema.

As diferenças de comportamento entre os ambientes com microgravidade e  ambientes normais se dão em vários aspectos, sendo a principal diferença, o tempo de queda livre entre um mesmo objeto nos dois ambientes, onde o tempo é bem maior em ambientes com microgravidade.

NASA, Public domain, via Wikimedia Commons

Vale ressaltar que a atuação da força gravitacional da Terra nem sempre é benéfica para experimentos, estudos e indústrias. Em alguns casos, ela dificulta a execução de um estudo e a análise de seus resultados. Por isso, a microgravidade é usada em diversos estudos, estando presentes em áreas como a biotecnologia, física dos fluidos e a ciência de materiais.

Quais são os efeitos da microgravidade no corpo humano?

Em estudos feito pela Nasa, um par de gêmeos idênticos foi analisado. Nesse estudo, um dos gêmeos passou 340 dias no espaço, enquanto o outro ficou na gravidade terrestre. Além de efeitos já vistos anteriormente, como a perda de massa muscular e óssea e um aumento na estatura e alteração no sistema circulatório, foram diagnosticadas outras mudanças passageiras e duradouras.

As mudanças passageiras perceptíveis foram a redução da acurácia e velocidade dos movimentos após o retorno. Já as diferenças mais duradouras foram maiores níveis de inflamação, perdurando desde o voo até meses seguintes. Houve também uma alteração genética no gêmeo que foi ao espaço, havendo 7% de seus genes modificados e não retornando aos níveis de antes da viagem após seis meses do fim da missão.

O estudo mostrou que o  corpo responde de forma diferente em ambientes com microgravidade. Estudos nessa área ainda estão sendo executados para sabermos as reais consequências em uma viagem de três anos para Marte.

Como as empresas exploram a microgravidade 

Diversas empresas estão interessadas  na possibilidade de explorar a microgravidade do espaço. Mesmo que fora do setor aeroespacial, essas empresas estão investindo e estudando a possibilidade de expandir suas produções para o espaço, que oferece um estado de quase vácuo, com a microgravidade. Essa condição confere uma maior leveza no processo e níveis mais altos de radiação, além de poder habilitar processos ainda não descobertos.

O número de patentes incluindo a palavra microgravidade saiu da casa dos 21 em 2000 para 155 em 2020. Diferentes setores, como farmacêutico, beleza e cuidados pessoais, alimentos e nutrientes e semicondutores tiveram um aumento nos estudos relacionados à microgravidade.

Contudo, alguns impasses ainda impedem uma melhor experiência na produção comercial e científica no espaço. A primeira delas é o custo, que na maioria das vezes não compensa.

A segunda ressalva é de acordo com o cronograma, que não estipula uma data precisa de quando esses acordos poderão ser dados de forma concreta, visto que há muitos tópicos incertos sobre esse assunto. Por último, será preciso uma maior integração das empresas dos mais diversos setores com as empresas das indústrias aeroespaciais, para um melhor desenvolvimento desses projetos, além de um grande gasto nas pesquisas dessas áreas.


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