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600 milhões de pessoas adoecem por causa de alimentos perigosos; comunidade internacional precisa rever sistema de alimentação

Doenças ligadas a alimentos inseguros sobrecarregam os sistemas de saúde e prejudicam economias, comércio e turismo. Imagem: Banco Mundial/Arne Hoel

É necessária uma maior cooperação internacional para evitar que alimentos perigosos causem problemas de saúde e dificultem o progresso do desenvolvimento sustentável. O apelo foi feito nesta terça-feira (12) por vários líderes mundiais na sessão de abertura da Primeira Conferência Internacional de Segurança Alimentar, em Addis Abeba, na Etiópia.

Saúde

O encontro é organizado pela União Africana, UA, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, a Organização Mundial da Saúde, OMS e a Organização Mundial do Comércio, OMC.

Segundo a FAO, os alimentos contaminados com bactérias, vírus, parasitas, toxinas ou produtos químicos fazem com que, a cada ano, mais de 600 milhões de pessoas adoeçam e 420 mil morram em todo o mundo. As doenças ligadas a alimentos inseguros sobrecarregam os sistemas de saúde e prejudicam as economias, o comércio e o turismo.

O impacto dos alimentos inseguros gera, todos os anos, uma perda de produtividade estimada em cerca de US$ 95 bilhões às economias em desenvolvimento. Por causa dessas ameaças, a ONU considera que a segurança alimentar deve ser um objetivo primordial em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção até a colheita, processamento, armazenamento, distribuição, preparação e consumo.

Segurança Alimentar

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, afirmou, durante o encontro, que a “parceria entre a União Africana e as Nações Unidas tem sido duradoura e estratégica”, destacando que “esta conferência sobre segurança alimentar é uma demonstração desta parceria.”

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, lembrou que o evento “é uma grande oportunidade para a comunidade internacional fortalecer os compromissos políticos e de se envolver em ações-chave” que protejam os alimentos.

Para ele, é “necessário trabalhar em conjunto para aumentar a segurança alimentar nas agendas políticas nacionais e internacionais.”

Por outro lado, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, considerou que “os alimentos devem ser uma fonte de nutrição e prazer, não uma causa de doença ou morte”, alertando para o facto de apesar dos “alimentos inseguros serem responsáveis ​​por centenas de milhares de mortes todos os anos, não recebem a atenção política que merecem.”

Para o responsável, é fundamental “garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos seguros” e “exigir investimentos sustentados em regulamentações e vigilância e monitorização mais rigorosos.”

Reforço de Cooperação

Comprometidas a dar prioridade à questão da segurança alimentar, as várias agências da ONU irão continuar a trabalhar no reforço da cooperação internacional nesta área.

O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, informou que haverá uma nova reunião em abril para abordar a questão do comércio como “uma força importante para tirar as pessoas da pobreza”, tema que será analisado com “mais profundidade.”

Cerca de 130 países participam nesta conferência de dois dias, incluindo ministros da agricultura, saúde e comércio. Também estão presentes especialistas científicos, agências parceiras e representantes de consumidores, produtores de alimentos, organizações da sociedade civil e do setor privado.

O objetivo da conferência é identificar as principais ações que garantirão a disponibilidade e o acesso a alimentos seguros agora e no futuro. Isso exigirá um compromisso reforçado no mais alto nível político para aumentar a segurança alimentar na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Sistemas Alimentares

A FAO lembra que os avanços tecnológicos, a digitalização, os novos alimentos e os métodos de processamento fornecem oportunidades para aumentar a segurança alimentar e melhorar a nutrição, a subsistência e o comércio.

No entanto, a agência lembra que, ao mesmo tempo, as mudanças climáticas e a globalização da produção de alimentos, juntamente com uma crescente população global e crescente urbanização, representam novos desafios para a segurança alimentar.



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