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População mundial enfrenta uma nova onda de desafios

Na madrugada de segunda-feira, 31 de outubro de 2011, a humanidade atingiu o número de sete bilhões de pessoas. A pequena filipina, Danica May Camacho, foi eleita para representar simbolicamente o feito. Os números apontam novos desafios e preocupações, seremos capazes de morar bem em nosso planeta até quando?

A escolha do bebê filipino não foi por acaso. De acordo com a ONU, 60% da população mundial vive na Ásia. A África soma 15% do mundo, enquanto que um quarto da população se distribui entre os outros continentes (Américas, Oceania e Europa). No Brasil, a população atingiu o número de 190,7 milhões de pessoas em 2010, e cresce no menor ritmo já registrado (1,12%) ao ano.

Segundo a ONU, um quinto da população mundial vive em países com alta fertilidade, como Índia e China. É ali que a população mais cresce, e pode atingir dois bilhões de pessoas em 2050. Os níveis de fecundidade não dependem só de planejamento familiar, mas envolvem questões culturais, daí a dificuldade de reduzir as taxas de nascimento.

Segundo Ralph Hakkert, consultor técnico do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), na África subsaariana, por exemplo, a educação é um grande indicador dos níveis de fecundidade. As mulheres, que trabalham fora de casa, sofrem um forte impacto no número de filhos.

Uma típica família rural na África tem muitos filhos porque o custo é mínimo, enquanto que os benefícios econômicos, em potencial, são grandes; já que, as crianças podem começar a trabalhar desde cedo. De maneira contrária acontece em uma sociedade mais desenvolvida, onde os custos, envolvidos na criação de um filho, fazem com que a família prefira menos bebês.

Consumir diferente

Com tanta gente para partilhar os bens do planeta, a ONU alerta para os grandes desafios que se tornarão mais complexos nos próximos anos. O principal deles é o ecológico: reduzir os impactos ambientais com uma população cada vez maior e com menor acesso aos recursos naturais.

Em coluna no blog do jornal britânico The Guardian, o escritor e ativista ambiental George Monbiot defendeu que o grande causador dos impactos que devastam o meio ambiente é o consumismo da parcela rica da população mundial – e não a população pobre que se multiplica em maior velocidade.

“Você culpa o aumento da população quando não consegue admitir seus próprios impactos: ‘não somos nós consumindo, é aquela gente marrom se reproduzindo’. Parece ser uma regra confiável de discurso, quanto mais rico se é, mais provável que se coloque o crescimento populacional no topo dos crimes contra o planeta” – George Monbiot

O escritor comenta uma pesquisa feita pela Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, que aponta que uma criança norte-americana, nascida nos dias de hoje, irá, ao longo de sua vida, emitir uma quantidade de carbono sete vezes maior que uma criança chinesa; 55 vezes maior que um bebê indiano e 89 vezes maior que uma criança nascida, no mesmo dia, na Nigéria.

Ainda segundo o estudo, o aumento controlado da população mundial poderia contribuir com 16 a 19% da redução necessária de emissões de CO2 até 2050 para evitar consequências severas no clima. “Os outros 81 a 84% deverão vir da redução do consumo e das mudanças das tecnologias”, diz Monbiot.

Fonte: www.ecodesenvolvimento.org.br


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