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Krill é essencial para o ecossistema antártico e pode ser uma fonte de ômega-3

Krill é o nome coletivo dado a crustáceos da ordem Euphausiacea ou do gênero Euphausia, que são similares ao camarão. De hábitos pelágicos, esses animais marinhos habitam o oceano aberto e possuem um papel importante na cadeia alimentar

Embora sejam animais pequenos, atingindo cerca de 8 a 60 milímetros, estima-se que, junta, a população de krill dos oceanos é de mais de 700 trilhões, com cerca de 85 espécies identificadas. O krill antártico, Euphausia superba, que como sugerido pelo seu nome, habita o oceano antártico, cobre cerca de 32 milhões de quilômetros quadrados — que é equivalente a um tamanho maior que a África, ou 11% da área oceânica total da Terra.

Além de contribuir para o ecossistema local, acredita-se que esse pequeno crustáceo também oferece benefícios à saúde humana. De fato, o óleo de krill é uma alternativa ao óleo de peixe e é comumente utilizado na suplementação de ômega 3. 

Ômega 3 em excesso pode fazer mal

Função na cadeia alimentar

A alimentação do krill consiste principalmente de fitoplânctons — plantas microscópicas unicelulares que vivem próximas à superfície do oceano. Porém, esses crustáceos são a fonte de alimento de centenas de espécies marinhas, incluindo baleias, peixes e aves oceânicas. 

Isso, por sua vez, contribuiu para a nomeação do animal, uma vez que krill, em noruêgues, significa “comida de baleia”.

Óleo de krill 

O consumo de óleo de krill tornou-se popular através da descoberta de seus potenciais benefícios à saúde. A partir disso, a pesca desse crustáceo para o consumo humano virou comum, contribuindo para a sua ascensão como um substituto do óleo de peixe. 

Muitas vezes usado como um suplemento alimentar, o óleo de krill é rico em diversos nutrientes, incluindo a vitamina A, proteína e ômega 3. Entre os benefícios potencialmente oferecidos pela sua suplementação estão a melhora da saúde cardiovascular, o suporte da função cognitiva e regulação da resposta inflamatória do organismo. 

Ao que tudo indica, o consumo desse suplemento em uma dosagem adequada é seguro. Entretanto, especialistas acreditam que uma ingestão excessiva do óleo de krill pode afetar a coagulação sanguínea. 

Anualmente, acredita-se que a pesca global total de krill de todas as pescarias é de cerca de 150 a 200 mil toneladas por ano, embora apenas uma pequena porcentagem disso seja para consumo humano.

A importância do krill no ecossistema marinho

Por sua vasta população no oceano, o krill antártico possui uma função essencial no ecossistema marinho através de seu papel na cadeia alimentar. Como já mencionado, esses invertebrados servem como uma fonte alimentar para diversas espécies marinhas e isso se dá, principalmente, pela sua grande população. 

Eles representam uma grande porcentagem da biomassa oceânica, com a biomassa de apenas uma espécie do Oceano Antártico, a Euphausia superba, estimada em 379 milhões de toneladas.

Por se alimentarem de fitoplânctons, também são parte de uma função importante na conversão desses produtores primários em uma fonte de alimento para os que estão acima na cadeia alimentar e que não podem comer organismos tão pequenos.

Além disso, o krill pode ter um papel na mitigação das mudanças climáticas, de acordo com o WWF. Os fitoplânctons são responsáveis pela absorção de carbono. O krill ingere esse carbono por meio de suas bolotas fecais e, eliminando seus exoesqueletos, afundam no mar, onde parte do carbono é armazenado.

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O que é armazenamento de carbono?

Estado de conservação 

Acredita-se que as populações de krill nas águas adjacentes à Península Antártica diminuíram significativamente desde 1970 em consequência das mudanças climáticas. O gelo marinho, que protege os crustáceos e o crescimento de fitoplânctons, acaba derretendo através do aquecimento do mar e da acidez do oceano, deixando-os vulneráveis. 

O aumento do interesse pela pesca do krill como alimento humano também contribuiu para a diminuição populacional das espécies. Muitos especialistas partilham da preocupação de que o desenvolvimento contínuo da pesca do krill antártico por humanos reduzirá a quantidade de crustáceos disponíveis para a vida selvagem e prejudicará ainda mais o ecossistema local. 

De fato, alguns ecologistas atribuem declínios populacionais de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) e pinguins-de-barbicha (P. antarcticus) à baixa abundância de krill, tanto resultante da pesca como das mudanças climáticas. 


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