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A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe pediu a criação de um Fundo de Resiliência do Caribe como parte de uma estratégia de alívio da dívida de países da região e uma proposta de investimentos em adaptações às mudanças climáticas

Imagem: FAO / Sue Price

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) pediu a criação de um Fundo de Resiliência do Caribe como parte de uma estratégia de alívio da dívida de países da região e uma proposta de adaptação às mudanças climáticas.

“A troca envolverá o uso de fundos do clima comprometidos a reduzir a dívida pública dos países caribenhos e criar o financiamento necessário para iniciativas de adaptação e mitigação frente às mudanças climáticas e investimentos em economias verdes, que serão administradas através do Fundo de Resiliência do Caribe”, disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, durante a 4ª Reunião da Mesa Redonda sobre o Desenvolvimento do Caribe, realizada em Basseterre, capital de São Cristóvão e Neves.

A proposta origina-se no reconhecimento de que os países do Caribe estão entre os mais endividados do mundo. O dilema da pesada dívida da sub-região está vinculado a impactos externos, agravados pela fragilidade estrutural inerente enfrentada pelos pequenos estados insulares em desenvolvimento do Caribe. Muitos países caribenhos pertencem à categoria de renda média, o que restringe seu acesso a financiamento em condições favoráveis.

Em declarações diante de autoridades governamentais e representantes de diversas organizações regionais e internacionais durante a abertura da reunião, a secretária-executiva da Cepal apresentou uma proposta sobre troca de dívida por medidas de adaptação ao clima, que detalhou a estratégia para o crescimento e transformação econômica das economias do Caribe, à luz da pesada carga da dívida enfrentada pela sub-região.

Bárcena explicou que recursos do Fundo Verde para o Clima (FVC) poderão ser usados para reduzir a dívida pública caribenha frente aos credores multilaterais e bilaterais, e para voltar a adquirir dívida de credores privados com um importante desconto.

Com o novo fôlego fiscal, os governos do Caribe poderão então fazer pagamentos ao Fundo de Resiliência do Caribe, que por sua vez será usado para financiar capacidade de adaptação e mitigação frente às mudanças climáticas, e para investir em economias verdes.

Respondendo à apresentação de Bárcena, Vance Amory, primeiro-ministro interino de São Cristóvão e Neves, afirmou que “não se pode diminuir a importância do impacto potencialmente negativo das mudanças climáticas sobre nossas frágeis economias e nossa capacidade de gerar crescimento econômico futuro”.

Os debates durante o encontro também focaram nas perspectivas de buscar atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Caribe. A secretária-executiva da Cepal enfatizou que o peso da dívida atual e o clima de restrição fiscal tornam praticamente impossível para os governos do Caribe realizar o investimento desejado do setor público em indústrias verdes, o que estimularia o crescimento e promoveria a transformação econômica no Caribe. A proposta de troca da dívida por adaptação ao clima busca ser uma estratégia para criar espaço fiscal para esse investimento público.


Fonte: FAO / Sue Price


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