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O doutor Carlos Henrique Miranda destaca que “para ocorrer uma intoxicação é necessário uma fonte liberando monóxido de carbono e um ambiente pouco ventilado que não permita remover esse gás do local”

Por Simone Lemos em Jornal da USP – A principal causa dos acidentes com a queima do monóxido de carbono é a inalação de seu gás. Dados da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo mostram que os aquecedores a gás dos banheiros são os maiores responsáveis por até 87% dos acidentes domésticos. Segundo Carlos Henrique Miranda, professor da Divisão de Emergências Médicas do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, duas condições são necessárias para ocorrer uma intoxicação: “Uma fonte liberando monóxido de carbono e um ambiente pouco ventilado que não permita remover esse gás do local”. Ele explica que “quando o monóxido de carbono se liga à hemoglobina, responsável por transportar oxigênio para todos os tecidos, para todo o corpo, ele tem uma afinidade 240 maior que o oxigênio. Com isso, a hemoglobina será ocupada pelo monóxido de carbono impedindo que o oxigênio se ligue a ela faltando oxigênio para os tecidos”.

Os principais sintomas de uma pessoa que sofre intoxicação são: dor de cabeça, mal-estar, náusea e tontura. Se o paciente for removido rapidamente do ambiente comprometido a recuperação será rápida, mas caso isso não ocorra a intoxicação pode causar graves alterações dos níveis de consciência, crise convulsiva e até o coma. Miranda lembra que “o mais importante é a prevenção, mas se após um acidente o tratamento não for eficiente é necessário o transporte para o hospital, geralmente para receber uma quantidade adicional de oxigênio para reverter esse efeito tóxico do monóxido de carbono”.                                                                                                  

O engenheiro José Jorge Chaguri Júnior, mestre em Energia pelo Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP e presidente da Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações, lembra que desde 1994 é proibido que todas as edificações construídas pela norma de instalação de aparelhos a gás tenham o equipamento dentro dos banheiros e dormitórios. No entanto, como até essa data muitos imóveis foram construídos com a instalação incorreta, sem sua adequação e mudança do ambiente onde fica localizado, ainda hoje ocorrem acidentes fatais. Ele também explica que em muitos imóveis é muito difícil fazer a mudança. “Ainda há muitos apartamentos em que isso ainda não foi alterado por dificuldade de arquitetura, espaço, logística e custo para essas mudanças. Para minimizar o risco, algumas regiões têm adotado ventilações excessivas e cuidado especial da manutenção.” Hoje em dia existem aparelhos que foram projetados para o uso dentro do imóvel. São aquecedores de fluxo balanceado. Mesmo assim, é necessário uma manutenção periódica. Chaguri lembra que “o monóxido de carbono não tem cheiro. Não é como o gás de cozinha que tem enxofre em sua composição, o que acusa um vazamento”.

Michele Rossi, arquiteta e urbanista, doutora em Ciências na área de arquitetura, urbanismo e tecnologia pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP de São Carlos explica que se buscamos ter um imóvel mais quente no inverno é preciso estar atento na hora da compra. “A orientação da edificação e das janelas em relação ao norte é um aspecto fundamental para o melhor aproveitamento da radiação solar e dos ventos predominantes. Essa concepção de edificações adequadas ao clima local minimiza a necessidade do uso de fontes artificiais de condicionamento, seja para o aquecimento no inverno ou para o resfriamento no verão.”  


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