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Pesquisa de Cambridge revela detalhes das dietas de reis medievais anglo-saxanos

Uma pesquisa realizada na Universidade de Cambridge comprovou que os reis anglo-saxões eram, na maioria das vezes, vegetarianos. Com dietas que eram majoritariamente compostas por vegetais, o consumo de carne, embora visto por muito tempo como um sinal de riqueza, era feito ocasionalmente durante celebrações e banquetes. 

Comparado com o que hoje é chamado de “flexitarianismo”, membros da realeza inglesa da época consumiam pouca proteína animal e baseavam suas dietas em pães, vegetais e queijo. 

A descoberta foi feita a partir de uma análise de mais de 2 mil esqueletos de pessoas enterradas na Inglaterra entre os séculos V e XI, onde os locais dos corpos indicavam a classe dos indivíduos. 

Carne vermelha
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Após o estudo, cientistas responsáveis pela análise assumiram que, de acordo com o estado dos ossos e a falta de doenças específicas ao consumo de carne, a realeza da época raramente comia carne. Sam Leggett, bioarqueólogo que conduziu o estudo, alega que não havia sinais de excesso de proteína ou de doenças relacionadas ao consumo de proteína animal nos ossos, como a gota. 

A análise também comprovou que as dietas de membros da realeza eram similares às das restante das classes, uma vez que não havia discrepâncias entre os esqueletos estudados.

Contudo, os resultados do estudo foram uma surpresa para o time responsável pela a análise. O consumo de carne era esperado, uma vez que diversos documentos medievais traduzidos continham informações sobre grandes quantidades de carnes que eram usadas em banquetes. Porém, nenhum dado obtido através dos esqueletos observados alinhou com as listas de alimentos. 

A surpresa, contudo, levou o time a outra descoberta. Além das informações gastronômicas, os pesquisadores da Universidade de Cambridge também observaram algumas implicações políticas. 

Vegetarianismo levado a sério

Os documentos analisados continham grandes quantidades de alimentos que submetiam a banquetes e festas de até 300 pessoas. O que significa que muitos fazendeiros comuns e outras pessoas de classes sociais diferentes participavam dessas celebrações. Diferentemente do que era esperado, as festas, na verdade, eram organizadas por camponeses e pessoas de outras classes sociais, e não da realeza. Aparentemente, os próprios reis viajavam para comparecer aos “churrascos” preparados pelo povo. 

Nessas festas, onde cerca de 700 quilos de carne de bois, carneiros, aves, salmões e enguias, eram consumidos, o vegetarianismo era substituído pelo flexitarianismo pela maioria da população local. 


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