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Várias praias do sudoeste do Alasca recebem toneladas de lixo do Giro do Pacifico Norte, poluindo paraísos intactos e prejudicando sua rica fauna

Para muitas pessoas o termo Pacific Garbage Patch (Trecho de Lixo do Pacífico, em tradução livre) é totalmente desconhecido. Apesar da pouca fama, o problema tem o tamanho da área total do estado do Texas, EUA (695 mil km²). E o pior: só tem aumentado.

O Pacific Garbage Patch é uma grande ilha de lixo formada no Giro do Pacifico Norte por meio de grandes correntes marítimas rotativas, que estão diretamente relacionadas com o movimento dos ventos. Todo o lixo descartado nos oceanos, em especial plásticos, acaba sendo levado para um lugar comum, formando essa ilha de detritos. O problema maior é que o plástico encontrado nessas ilhas passa por um processo de quebra mecânica realizada pela chuva, pelos ventos e pelas ondas do mar, que faz com que os produtos se fragmentem em pequenas partículas plásticas.

Os microplásticos são danosos para o meio ambiente num grau tão alto, que toda a fauna marinha, entre eles baleias e golfinhos, se alimenta dessas partículas, prejudicando muito sua saúde. Além disso, esses resíduos têm grande capacidade de absorção de poluentes e substâncias químicas toxicas presentes nos oceanos, envenenando as espécies que se alimentam deles, comprometendo toda a cadeia alimentar – o que, no final das contas, influencia nossa alimentação.

Alaska

Nesse sentido, há expedições compostas por cientistas, pesquisadores e artistas que têm a finalidade de explorar as regiões afetadas por essas ilhas de lixo, além de as estudar e divulgar a situação para toda sociedade. A GYRE é uma dessas companhias de expedição e sua última empreitada foi realizada a partir de Seward, no sul do Alasca, dirigindo-se ao sudoeste por quase 500 quilômetros, com paradas às margens de Gore Point, na península de Kenai; Wonder Bay, em Afognak Island; Blue Fox Bay, em Shuyak Island; e Hallo Bay, em Katmai National Park. Todas essas regiões são verdadeiros paraísos intocados.

Segundo o biólogo marinho Carl Safina, presente na última dessas expedições, a situação dessas regiões não é das melhores. Foram encontradas toneladas de lixo nos paraísos remotos. Entre os objetos estão desde redes de pesca a garrafas plásticas. Surpreendente ainda foi que linhas completas de produtos, que provavelmente caíram de contêineres de cargueiros durante tempestades no mar, foram encontrados nas praias. Havia, em todas as praias pesquisadas, mata-moscas de um determinado time de futebol americano, alimentadores de beija-flor, garrafas de sabão tipografadas com caracteres orientais e ocidentais.

Lata
Removendo lixo
removendo lixo

Em seu depoimento para a Yale Environment 360, o biólogo alerta que, apesar de algumas regiões parecerem desertas por não serem populares aos banhistas, elas são habitadas por vasta fauna, e todo o lixo ali presente está a prejudicando. “Vi albatrozes mortos e suas vísceras cheias de escovas de dente e isqueiros”, disse o biólogo à publicação.

Por fim, em seu depoimento, Carl Safina propõe uma reflexão sobre quão importante é a coleta do lixo e limpeza das praias. No entanto, políticas de reciclagem e necessidade de desenvolvimento de uma nova geração de materiais, com vida útil relacionada ao seu uso, são fundamentais para ajudar a minimizar o problema.

Enquanto isso não acontece, saiba o que fazer com seu lixo plástico. Se quiser obter mais dicas sobre coleta seletiva e postos de descarte, clique aqui.


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