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Cobertura morta mantém umidade do solo e previne aparecimento de ervas daninhas

Cobertura morta é o nome dado a qualquer material colocado sobre o solo ao redor de plantas, geralmente com a intenção de suprimir o crescimento de ervas daninhas e de manter o solo úmido, mas também é utilizada por seu efeito estético.

A cobertura morta consegue diminuir o aparecimento de ervas daninhas por reduzir a incidência solar sobre o solo, de forma que as sementes que estiverem sob a área coberta não conseguirão se desenvolver. Além disso, a cobertura morta forma uma barreira, de forma que menos sementes alcancem o solo, do qual precisam para seu desenvolvimento.

Essa barreira gerada pela cobertura morta também serve para diminuir a evaporação do solo, o que o mantém úmido por mais tempo, reduzindo a frequência das regas. Esse fator também  é relevante para quem busca maior economia de água e para quem quer mais praticidade no dia a dia. Além disso, a cobertura morta é uma aliada na adaptação às mudanças climáticas, pois evita a perda excessiva de umidade causada pelo aquecimento global.  

Existem dois tipos de cobertura morta, a orgânica e a inorgânica.

Cobertura morta orgânica

Também chamada de mulch, a cobertura morta orgânica simula as condições de ambientes naturais, onde não há a remoção da matéria orgânica morta do solo, como as folhas caídas de árvores. Além do maior conforto térmico para as raízes das plantas, da retenção de umidade e da proteção contra a erosão do solo, a maior vantagem da aplicação de uma cobertura morta orgânica é a liberação lenta de nutrientes resultante de sua biodegradação.

No entanto, um solo mais úmido e nutritivo pode atrair e abrigar organismos que podem se alimentar das plantas e/ou adoece-las, como alguns insetos e suas larvas e lesmas.

Também é necessário conhecer bem os materiais a serem utilizados e sua forma de uso, pois muitos dos problemas com esse tipo de cobertura estão relacionados ao uso de camadas excessivamente espessas ou muito ralas.

A cobertura morta orgânica é a alternativa tecnológica mais ecofriendly disponível, pois muitos dos materiais utilizados são resíduos de jardinagem ou da produção ou consumo de outros produtos, como as aparas de grama, as folhas caídas de árvores, cascas de amendoim, palha de arroz carbonizada e até pelos dos animais domésticos.

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Cobertura morta orgânica feita em cultivo de morangos. Imagem por Paige Cody, disponível no Unsplash.

Cobertura morta inorgânica

Diferente da versão orgânica, a cobertura morta inorgânica é feita com materiais que não são facilmente degradados, o que é visto como uma vantagem para quem não gosta da ideia de ter que repor o material utilizado para a técnica e busca um aspecto decorativo mais durável.

Justamente por esta característica, não há a constante e lenta liberação de nutrientes para o solo do mulch orgânico, o que é uma desvantagem deste tipo de cobertura morta que ainda pode ser subdividida em dois tipos: mineral e sintética.

São exemplos de cobertura morta sintética os filmes plásticos utilizados na plasticultura, mantas geotêxteis, feltro, borracha reciclada de pneus, vidro, folhas de jornal e de papelão e folhas metálicas. As opções de cobertura morta mineral são geralmente a argila expandida, o xisto, a ardósia, os seixos e as dolomitas.

Desvantagens

Além de não melhorar a qualidade nutricional do solo, este tipo de cobertura pode ser difícil de remover totalmente dos seus vasos e canteiros, caso você mude de ideia. No caso dos filmes plásticos, mais utilizados em cultivos de grande porte, estes tendem a rasgar com o tempo, liberando microplásticos no solo.

A borracha de pneus reciclados também é um problema para o meio ambiente e para a saúde humana, pois possui substâncias tóxicas, como VOCs e HPAs, que podem ser liberadas no ar e no solo ao longo do tempo (1).

Também deve-se ter cuidado ao escolher um tipo de cobertura morta mineral, pois algumas opções tendem a absorver muito calor, aquecendo o solo ao invés de protegê-lo do calor. Outros tipos de cobertura morta refletem os raios solares de forma intensa, o que pode ser prejudicial para as folhas de algumas plantas. Alguns tipos de cobertura morta inorgânica ainda podem liberar substâncias que alteram o pH do solo. A dolomita, por exemplo, é composta por carbonato de cálcio e magnésio, substâncias que reduzem a acidez do solo.


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