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O alerta é de Pedro Luiz Côrtes, ao comentar o relatório divulgado pelo IPCC, que só confirmou as previsões em torno das mudanças climáticas que já vinham sendo feitas por pesquisadores da área ambiental

Foi divulgado recentemente o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), fazendo um alerta a respeito das mudanças climáticas e sua gravidade. O relatório fala de um aumento da temperatura global, com o impacto disso sobre o meio ambiente. Somente neste ano, foi possível notar vários desastres ambientais que fogem de um padrão de normalidade. Todos esses eventos têm sido relacionados às mudanças climáticas. 

“Esses prognósticos vêm certificar tudo aquilo que já vinha sendo falado pelos pesquisadores”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP. De acordo com ele, quando se fala de um aumento de temperatura global, é importante entender que ele não se dá de forma igual sobre o planeta, com a intensidade e os impactos variando de acordo com cada região.

Segundo Côrtes, os impactos dessa mudança já podem ser notados no Brasil. Entre elas estão o aumento de temperaturas na região Centro-Oeste do País, acompanhada de reduções de chuvas e um aumento da estiagem. Os impactos nessa região não serão limitados a ela, uma vez que a nascente de vários rios que alimentam diversas bacias hidrográficas nascem no Centro-Oeste. O aumento do nível do mar, combinado com o aumento de chuvas, é outro impacto previsto pelo relatório, afetando diretamente os municípios das regiões costeiras, causando uma sobrecarga no sistema de escoamento dessas áreas metropolitanas. 

Para Côrtes, é importante que sejam adotadas medidas de combate às mudanças climáticas o quanto antes, pois seus efeitos só serão sentidos a longo prazo. Entre  as soluções, o especialista destaca o reflorestamento de áreas verdes, como a Mata Atlântica e a floresta amazônica, dois biomas que poderiam ajudar na captura dos gases do efeito estufa, um dos responsáveis pelo superaquecimento global. O professor destaca a importância de o Brasil instituir políticas ambientais para evitar mudanças e impactos ambientais maiores do que já se têm e que os benefícios por si só justificariam a sua implementação. No entanto, elas precisam ser tomadas o quanto antes, uma vez que seus resultados só irão ser vistos ao longo das próximas décadas. “É necessário que essa ação seja tomada o quanto antes, o extremo alerta foi dado”, conclui Côrtes.


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