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Estudo revelou associação entre níveis de vitamina D e risco de infecção por Covid-19, sobretudo em pessoas negras

Um novo estudo, publicado sexta-feira (19) no periódico científico JAMA Network Open, revelou que níveis altos de vitamina D, especialmente em pessoas negras, ajuda a reduzir o risco de infecção por Covid-19. O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade de Medicina de Chicago, analisou dados de mais de 3 mil pacientes do hospital universitário da instituição, que tiveram seus níveis de vitamina D testados 14 dias antes de um teste de Covid-19.

Embora os níveis de vitamina D em 30 ng/ml ou mais sejam considerados “suficientes” atualmente, os autores descobriram que os indivíduos negros que apresentavam valores de 30 a 40 ng/ml tinham um risco 2,64 vezes maior de testar positivo para a doença do que aqueles com níveis superiores a 40 ng/ml.

Associações estatisticamente significativas dos níveis de vitamina D com o risco de Covid-19 não foram encontradas em pessoas brancas. Agora, a equipe de pesquisa está recrutando participantes para dois ensaios clínicos separados que deverão testar a eficácia dos suplementos de vitamina D na prevenção da doença.

O trabalho é uma expansão de um estudo anterior, que revelou uma associação entre deficiência de vitamina D (menos de 20 ng/ml) e aumento do risco de infecção pelo vírus. Esses resultados foram posteriormente confirmados quando cientistas descobriram que indivíduos com deficiência de vitamina D tinham 7,2% de chance de testar positivo para presença de Covid-19. Outro estudo, publicado em outubro do ano passado, constatou que mais de 80% dos pacientes diagnosticados com Covid-19 apresentavam deficiência de vitamina D.

Deficiência de vitamina D atinge metade da população global

A vitamina D pode ser obtida por meio de dieta ou suplementos, ou produzida pelo corpo em resposta à exposição da pele à luz solar. David Meltzer, autor principal do estudo, observou que a deficiência dessa vitamina é muito comum, sobretudo em pessoas com pele mais escura.

Na verdade, de metade da população mundial apresenta níveis abaixo de 30 ng/ml. E, embora os suplementos de vitamina D sejam relativamente seguros, o consumo excessivo está associado à hipercalcemia, uma condição na qual o cálcio se acumula na corrente sanguínea e causa náuseas, vômitos, fraqueza e micção frequente. Se não for controlado, o problema pode causar ainda mais dores nos ossos e pedras nos rins.

Atualmente, a ingestão de vitamina D recomendada para adultos é de 600 a 800 unidades internacionais (UI) por dia, segundo Meltzer. O risco de hipercalcemia aumenta nos casos em que o consumo ultrapassa 10.000 UI por dia.

Um dos desafios do estudo é determinar exatamente como a vitamina D pode estar apoiando a função imunológica. Meltzer aponta que, apesar de haver uma associação evidente entre os níveis de vitamina D e a probabilidade de um diagnóstico de Covid-19, não se sabe exatamente por que isso acontece, nem se esses resultados se devem diretamente à vitamina D ou a outros fatores biológicos relacionados.

Como obter vitamina D naturalmente

O sol é a principal fonte de vitamina D: 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância no organismo por meio da exposição solar.

Como o protetor solar bloqueia a síntese de vitamina D pelo organismo, é necessário ficar atento ao horário exato de exposição para evitar problemas futuros.

Tomar sol intenso não é muito indicado para sintetizar vitamina D. O ideal é se expor ao sol em uma caminhada no fim da tarde, ao ar livre, com duração entre 15 a 20 minutos, com braços e pernas expostos e sem bloqueador solar.

No entanto, você não precisa se expor ao risco de sair de casa durante a pandemia para obter níveis seguros de vitamina D. Segundo o médico Arnaldo Lichtenstein, diretor técnico do Serviço de Clínica Geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista ao Jornal da USP, tomar sol no quarto, com janela aberta, é suficiente para repor vitamina D na quarentena.

A vitamina D também pode encontrada em alguns alimentos, como:

  • Peixes oleosos, como salmão, sardinha, arenque e cavala
  • Carne vermelha
  • Fígado
  • Gemas de ovo
  • Alimentos fortificados, como alguns cereais matinais
  • Leite de vaca fortificado

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