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Entenda a verdade sobre o adoçante e seus efeitos na saúde

O termo adoçante é usado para classificar qualquer substância, natural ou sintética, que fornece um sabor doce em alimentos e bebidas. Embora sejam comumente associados a um substituto do açúcar, esses compostos também podem ajudar em processos como a preservação de alimentos e a fermentação.

Eles ganharam tração por substituírem o açúcar em doces, mantendo-os com baixas calorias, sendo grandes aliados em dietas e programas de emagrecimento. No entanto, desde o seu surgimento e popularização, diversos estudos mostraram que certos tipos de adoçante são relacionados a problemas de saúde e devem ser usados com moderação. 

Também rotulados como edulcorantes, os adoçantes são definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como “substâncias diferentes dos açúcares que conferem sabor doce ao alimento” e categorizados como aditivos alimentares. 

Aditivos alimentares: devemos evitá-los?

Tipos de adoçante

Os adoçantes podem ser divididos em duas maiores categorias: 

  • Adoçantes artificiais;
  • Adoçantes naturais;

Adoçantes artificiais

Chamados de adoçantes artificiais ou não-nutritivos, são substitutos sintéticos do açúcar e podem ser livres de calorias ou de baixo nível calórico. São encontradas em uma ampla gama de produtos alimentícios e bebidas frequentemente rotulados como “diet”, mas são geralmente vezes mais doces que o açúcar convencional. São alguns deles:

  • Aspartame;
  • Sacarina;
  • Sucralose;
  • Acessulfame de Potássio;
  • Ciclamato;
  • Sucralose;

Adoçantes naturais

São geralmente extraídos de plantas ou produzidos a partir de vias biotecnológicas. Alguns deles são: 

  • Xilitol;
  • Stévia e esteviosídeos;
  • Frutose;
  • Lactose;
  • Manitol;
  • Maltodextrina.
planta estévia, origem do adoçante stévia
Imagem de Robert por Pixabay

Por outro lado, também existem alimentos que são utilizados como substitutos de açúcar, mas que podem conter açúcares naturais. Como:

  • Mel;
  • Melaço; 
  • Xarope de agave;
  • Xarope de bordo; 
  • Tâmaras;
  • Xarope de milho.

Apesar de os adoçantes naturais terem uma fama melhor do que os sintéticos, muitos desses compostos ainda apresentam riscos à saúde. De fato, produtos como  o xarope de milho estão associados a condições como obesidade, diabetes e o desenvolvimento de cáries — assim como o açúcar normal. 

Segurança

Todos os edulcorantes, ou adoçantes sem açúcar (NSS, do inglês non-sugar sweeteners) são regulamentados pela Anvisa. Entretanto, em maio de 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um documento que alterou as diretrizes de segurança desses compostos. 

De acordo com a OMS, esses produtos não devem ser utilizados como substitutos de açúcar visando o controle do peso e a redução de doenças crônicas não transmissíveis. Isso se deu a uma pesquisa liderada pela organização, que associou o uso de adoçantes, principalmente os NSS, com um risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.

“Substituir açúcares livres por NSS não ajuda no controle de peso a longo prazo. As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar. NSS não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde”, disse Francesco Branca, Diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS. 

É saudável consumir adoçante?

Em geral, todos os adoçantes regulamentados pela Anvisa são seguros em moderação. Porém, ainda é recomendável a evitação desses tipos de produtos, uma vez que eles não são exatamente “saudáveis”. 

Assim como o consumo do açúcar natural, os seus substitutos podem possuir uma gama de efeitos negativos, quando em excesso. Algumas pesquisas, por exemplo, já associaram o uso de substitutos do açúcar com as seguintes condições: 

  • Obesidade;
  • Hipertensão;
  • Diabetes tipo 2;
  • Doenças cardiovasculares.

Entretanto, embora alguns estudos da década de 70 apontem adoçantes artificiais, como a sacarina, como causadores de câncer de bexiga em ratos, desde então, outras pesquisas mostraram que essas descobertas não se aplicam às pessoas.

A preocupação com o consumo dessas substâncias deriva da quantidade ingerida. Segundo a Mayo Clinic, por exemplo:

“O uso diário a longo prazo de adoçantes artificiais sugere uma ligação com um risco maior de derrame, doenças cardíacas e morte em geral. Mas outras coisas que as pessoas fazem, ou hábitos saudáveis ​​que as pessoas não fazem, podem ser a causa do maior risco”.

Acredita-se que o limite do consumo dessas substâncias é necessário: 

  • Se você vive com uma doença genética rara chamada fenilcetonúria;
  • Se você tem uma doença intestinal;
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O que é mais saudável açúcar ou adoçante?

Depende: em comparação ao açúcar convencional, os adoçantes podem diminuir o risco de contrair cáries e outros problemas dentários. Além disso, podem ser uma boa alternativa para pessoas com condições como a diabetes, uma vez que não elevam os níveis de açúcar no sangue. 

Em relação à perda de peso e ao emagrecimento, adultos e crianças com sobrepeso ou obesidade, os substitutos do açúcar também podem ajudar a controlar o peso a curto prazo. Porém, como retratado pela OMS, o uso desses substitutos como alternativa ao açúcar em relação ao emagrecimento não é recomendado. 

A longo prazo, não existem informações suficientes para indicarem que o consumo desses substitutos realmente fazem a diferença na perda de peso. De fato, há algumas evidências limitadas de que eles podem aumentar o apetite — o que pode ter o efeito contrário do desejado. 

Quando colocados um ao lado do outros, alguns especialistas acreditam que o próprio açúcar pode ser melhor que o adoçante. Contudo, apenas em moderação, seguindo as recomendações diárias. 

“Realmente, tanto o açúcar quanto os adoçantes artificiais são um problema para sua saúde. Mas se estamos comparando o que é pior, os adoçantes artificiais são muito piores do que o açúcar”, disse a especialista em medicina funcional Melissa Young, MD, à Cleveland Clinic


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