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Tardígrado é o nome dado a um animal minúsculo, que não pode ser visto a olho nu, e que consegue resistir a situações extremas

O tardígrado é um animal minúsculo, de aparência única e que resiste até mesmo ao vácuo do espaço. Essa pequena espécie, que só pode ser vista com microscópios, ficou conhecida como urso-d’água ou porquinho-de-musgo, devido às suas semelhanças com esses mamíferos.

Esses animais existem no planeta há cerca de 600 milhões de anos, há mais tempo do que os dinossauros existiram (pelo menos 400 milhões de anos de diferença). A primeira vez que um tardígrado foi classificado e descrito foi em 1773 pelo alemão Johann August Ephraim Goeze, que os chamou de “ursos-d’água”.

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A maior planta do mundo tem 180 km de extensão

Quais as características dos tardígrados?

Ao todo existem mais de 1.300 espécies de tardígrados no mundo todo e todas elas não passam de apenas alguns milímetros de altura, e aproximadamente 0,5 milímetro de comprimento. Desde o topo do Himalaya, até o fundo do oceano, ou no frio da Antártica, esses pequenos animais conseguem sobreviver a temperaturas extremas. Sejam elas de calor ou de frio, a única coisa que precisam para viver bem é um pouco de água. 

Tardígrados são considerados animais aquáticos, e não porque vivem na água 24 horas por dia, mas sim pois necessitam de uma fina camada de água ao redor do corpo para sobreviver à desidratação.

A sua aparência, como mencionada anteriormente, é parecida com a de um urso: ele tem garras na base de seus membros inferiores e dentes afiados que o ajudam a sugar os nutrientes das algas e dos musgos onde vive. 

Mas… eles sobrevivem sem água também 

Isso mesmo, apesar de precisarem de água para viver, os tardígrados conseguem sobreviver sem consumir o líquido por décadas. Para que isso aconteça, eles se curvam em formato de bola e entram em um estado profundo de “hibernação” ou “quase morte”, conhecido como criptobiose. 

Nesse estado, os tardígrados conseguem sobreviver aproximadamente 30 anos em locais secos. O processo acontece da seguinte forma: a água em seu corpo é totalmente compactada dentro do organismo, seus membros são retraídos para dentro da bola e ficam dormentes. Assim que conseguem melhores condições de vida a criptobiose acaba.

Reprodução dos tardígrados 

Os tardígrados se reproduzem tanto de forma sexuada como assexuada. Algumas espécies depositam o esperma dentro da cutícula da fêmea, que carrega os ovos, depois de um processo de acasalamento que demora uma hora. Enquanto outras tiram a cutícula e põem os ovos no seu interior para serem fertilizadas mais tarde pelos machos. Ao todo, cada ovo demora 40 ou 90 dias para eclodir.

tardigrado

São extremamente fortes e resistentes 

Por serem de uma categoria de animais conhecida como extremófilos, os tardígrados conseguem viver em ambientes extremos, que a maioria das outras espécies não consegue. 

Mas a resiliência dessa espécie vai muito além de conseguir viver anos sem água. Em 2007, um grupo de cientistas colocou alguns pequenos tardígrados dentro de um satélite e os jogou no espaço por dez dias. Durante esse tempo, o container com os animais flutuou há 268 quilômetros acima do nível do mar. 

Assim que o satélite retornou, os pesquisadores analisaram as condições dos tardígrados e perceberam que a maioria deles estava viva e bem. Esse fator chocou os envolvidos nos estudos, afinal, a espécie havia sido exposta há 700 vezes mais radiação do que a encontrada nos raios solares. 

Pesquisadores acreditam que essa resistência do tardígrado é decorrente de uma proteína presente em seu organismo, a supressora de danos. Ela contribui para a proteção do DNA do animal, fazendo com que ele não seja tão afetado por coisas como a radiação ionizante, que é encontrada no solo, na água e na vegetação.

Além disso, um estudo da Universidade de Wyoming, apontou que existe algo a mais que contribui para a resistência do tardígrado, o carboidrato trealose. Esse tipo de açúcar, encontrado na composição do animal, age em comunhão com uma proteína, a CAHS D, permitindo que ele sobreviva em condições extremas.

Para a ciência, essa descoberta pode significar novas maneiras de lidar com a crise do clima e da saúde que afeta o planeta. Além do aprimoramento de técnicas de resistência de culturas agrícolas.


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