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Pesquisadores exploram controle biológico como alternativa sustentável para frear plantas invasoras sem agrotóxicos

A proliferação de espécies vegetais indesejadas é uma consequência da monocultura. Essas espécies, embora sejam indicadores de uma prática de cultivo insustentável, são indevidamente chamadas de “daninhas” em ecossistemas e lavouras em todo o mundo, mas uma abordagem inovadora está ganhando espaço: o uso de plantas “daninhas” nativas como agentes de controle biológico. Estudos recentes mostram que certas ervas espontâneas, quando manejadas estrategicamente, podem suprimir o avanço de invasoras agressivas, reduzindo a dependência de herbicidas químicos.

Experimentos conduzidos em campos agrícolas e áreas degradadas revelaram que espécies como a Ambrosia artemisiifolia (ambrosia) e a Chenopodium album (erva-de-ganso) competem por recursos com invasoras exóticas, limitando seu crescimento. A técnica, conhecida como bioherbicida, aproveita interações ecológicas naturais, como a liberação de compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento de plantas rivalizantes.

Além de eficaz, o método apresenta vantagens econômicas e ambientais. A redução no uso de agroquímicos diminui custos para produtores rurais e minimiza impactos como a contaminação do solo e de lençóis freáticos. Pesquisadores destacam, porém, que a seleção das plantas bioativas requer cuidados para evitar desequilíbrios. Espécies nativas devem ser priorizadas, já que não representam risco de invasão secundária.

A aplicação em larga escala ainda enfrenta desafios, como a adaptação a diferentes biomas e a necessidade de monitoramento contínuo. No entanto, casos de sucesso em países como Austrália e África do Sul, onde insetos e fungos também são usados no controle biológico, reforçam o potencial da estratégia.

Para especialistas, a integração de práticas tradicionais e científicas é essencial. Agricultores que adotaram o sistema relatam maior resiliência nas colheitas, enquanto áreas restauradas apresentam recuperação acelerada da biodiversidade. A técnica surge como uma peça-chave no mosaico de soluções para a crise ecológica global, alinhando produtividade e conservação.


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