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Meta é monitorar o progresso da restauração no bioma, promover a transparência e subsidiar novas oportunidades

Considerado a savana com maior biodiversidade do planeta, o Cerrado é também um dos biomas mais ameaçados. Nos últimos dez anos, ele perdeu 6 milhões de hectares de vegetação nativa – metade dos quais (3,2 milhões de hectares) no “Matopiba”, área que inclui partes dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Números que ampliam a necessidade do cumprimento da NDC (conhecida como Contribuição Nacionalmente Determinada), firmada no Acordo de Paris que prevê a restauração de 12 milhões de hectares até 2030 e reforçam a relevância da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030.

Para mudar este cenário, organizações não governamentais desenvolveram a Plataforma de Monitoramento da Restauração do Cerrado. Esta ferramenta tem como objetivo contribuir para acompanhar o progresso da restauração, em relação aos compromissos internacionais do Brasil. O monitoramento das áreas de restauração irá auxiliar ambientalistas, organizações não governamentais, empresas com projetos de restauração e universidades a terem acesso a consultas, visualização e análises em nível municipal e estadual, além de bacias hidrográficas. Os dados podem ser consultados na forma de mapas e gráficos ou serem exportados na forma de tabelas. 

A plataforma foi desenvolvida pela Rede Araticum (Articulação pela Restauração em Larga Escala do Cerrado), em parceria com o WWF-Brasil e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG/UFG) – com apoio do Observatório da Restauração e Reflorestamento, será lançada no dia 3 de junho, e será a ferramenta oficial de reporte das ações de restauração no Cerrado.

Embora o pouco tempo de desenvolvimento, pouco menos de um ano, a plataforma já apresenta um panorama dos locais em processos de restauração, a localização destas áreas, as técnicas mais empregadas e as regiões onde as iniciativas responsáveis estão distribuídas pelo bioma. Com isso, ela também permite identificar novas oportunidades de restauro no bioma.

“Promovemos um levantamento inicial para entendermos onde a restauração está acontecendo e quem está executando o processo no território do Cerrado. Mapeamos pelo menos 150 iniciativas de restauração ao longo dos últimos 4 anos, concentrada nos estados da região sudeste e centro-oeste. Ao mesmo tem que este número nos alegra e surpreende aponta que precisamos direcionar esforços para fomentar a cadeia da restauração na região do MATOPIBA”, destaca Alba Cordeiro, secretária-executiva da Araticum.

“Apesar de sua grandeza e de ser considerado o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul, o Cerrado sofre muito com a devastação de suas paisagens naturais. Por isso, é essencial preservar e restaurar as áreas degradadas para mantermos o equilíbrio do meio ambiente”, declara Thiago Belote, líder de restauração do WWF-Brasil.

“Nós estamos atuando fortemente para a expansão da restauração do Cerrado, que é um desafio com potencial de solução no longo prazo. Por meio da Plataforma Araticum, identificaremos as lacunas de restauração e onde há concentração de ações, definindo assim estratégias adequadas nas perspectivas de políticas públicas e arranjos institucionais para cada contexto de oportunidades”, finaliza Belote.

Interessados em acompanhar o lançamento podem acessar, ao vivo, o canal da Rede Araticum: bit.ly/AraticumCerrado. Mais informações sobre os dados e contribuição para inclusão de novas áreas para a Plataforma Araticum podem ser feitas pelo email: rede.araticum@gmail.com


Este texto foi originalmente publicado por WWF Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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