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Pesquisa mostra que paisagens bem projetadas estimulam padrões de olhar que promovem relaxamento e melhoram o humor

Observar um jardim japonês bem projetado pode ser mais do que um simples prazer estético. Um estudo recente publicado na Frontiers in Neuroscience demonstra que esses espaços são capazes de induzir relaxamento por meio de movimentos oculares rápidos e horizontais, reduzindo a frequência cardíaca e melhorando o humor. A descoberta reforça o potencial terapêutico de jardins tradicionais, especialmente em sociedades que enfrentam altos níveis de estresse.

A pesquisa, conduzida por uma equipe internacional, comparou os efeitos da observação do famoso jardim Murin-an, em Kyoto, com os de um jardim universitário menos elaborado. Enquanto o primeiro foi meticulosamente projetado para guiar o olhar do observador, o segundo apresentava elementos mais centralizados e menos harmônicos. Os resultados mostraram que o Murin-an não apenas dispersou os pontos de fixação visual dos participantes por uma área mais ampla, mas também provocou uma queda significativa no estresse.

De acordo com os pesquisadores, a chave está no design e na manutenção impecável. Árvores podadas com precisão, pedras estrategicamente posicionadas e a ausência de distrações visuais mantêm o olhar em constante movimento, criando um ritmo que alivia a tensão. Esse efeito lembra terapias que utilizam estímulos visuais para acalmar a mente, sugerindo que jardins bem planejados podem ser uma ferramenta valiosa no combate ao estresse e até em tratamentos de saúde mental.

Apesar das limitações do estudo – como o tempo restrito de acesso aos jardins e o perfil homogêneo dos participantes –, os pesquisadores destacam que os benefícios desses ambientes transcendem idade e background cultural. A inclusão de espaços semelhantes em hospitais e centros de cuidado poderia democratizar o acesso a essa forma de terapia natural, especialmente em sociedades envelhecidas.

Enquanto jardins japoneses ainda são frequentemente associados ao luxo, a pesquisa abre caminho para repensar seu papel no bem-estar coletivo. Afinal, em um mundo cada vez mais acelerado, talvez a solução para acalmar a mente esteja justamente em deixar os olhos vagarem por paisagens cuidadosamente planejadas.


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