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Para Sylmara Lopes Dias, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.309, ainda precisa ser implantada

Por Jornal da USP — O trabalho dos catadores é essencial para o recorde conquistado pelo Brasil em reciclagem de latinhas e diminuição de danos ao meio ambiente. No entanto, essa situação não se repete com outros produtos como vidro e plástico.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Sylmara Lopes Dias, professora de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), ambos da USP, explica que esse recorde com a reciclagem do alumínio ocorre também pelo investimento da indústria “para que a estrutura dessa cadeia reversa seja trabalhada em todos os cantos do País”.

A importância do trabalho dos catadores

Apesar do recorde brasileiro e da importância do trabalho dos catadores, que é historicamente feito para a coleta das latinhas de alumínio, eles não são remunerados corretamente. “Há uma precariedade do trabalho”, ressalta, ao revelar que os catadores nem mesmo recebem apoio das Prefeituras e que apenas 10% deles, aproximadamente, no Brasil, estão em cooperativas. Boa parte dos catadores “está nas ruas, fazendo esse trabalho de forma autônoma, um trabalho de formiguinha que tem todo esse impulso de uma indústria hoje bastante pujante, no caso do alumínio”, afirma.

Medidas para ampliar a reciclagem 

Existe um marco legal, a Lei 12.305/2010, que institui uma política nacional de resíduos sólidos, mas que, para Sylmara, ainda precisa ser implantada. O pagamento aos catadores que prestam um serviço ambiental – sendo, inclusive, um instrumento de política pública ambiental –  “praticamente não se estabeleceu”.

Além disso, para que materiais como o vidro e o plástico também sejam reciclados, as empresas devem investir em uma estrutura de cadeia reversa, desenvolvendo, por exemplo,  o “design de produtos que favoreçam a reciclagem”, explica. 

A coleta seletiva também é importante para separar e destinar os materiais corretamente. A professora exemplifica que na cidade de São Paulo, apesar de algumas políticas, ainda não foi feito o suficiente, dado que nem 5% das embalagens que circulam na cidade são coletadas, e “esse é o retrato do Brasil todo”, destaca.

Este texto foi originalmente publicado por Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não representa necessariamente a opinião do Portal eCycle.


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