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O herpes genital é uma IST que não tem cura, mas os seus sintomas podem ser controlados por meio de tratamentos

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo vírus herpes simplex tipo 2, que é transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada. O vírus herpes simplex tipo 1 também pode causar herpes genital, mas está habitualmente associado ao herpes labial (leia mais em: “Herpes labial: tratamento, sintomas e prevenção“). Estima-se que pelo menos um em cada cinco adultos esteja infectado com o vírus, apesar de muitos deles não apresentarem sintomas.

O vírus invade o organismo humano geralmente pela via de um ferimento na pele ou pela mucosa da boca e da área genital e, uma vez dentro do organismo, dificilmente será eliminado. O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual com o portador do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões ou quando elas já estão cicatrizadas. Periodicamente, o vírus pode sofrer reativação, provocando novamente os sintomas da doença.

Sintomas do herpes genital

O herpes provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos, em formas de pequenas bolhas agrupadas. Normalmente, as bolhas surgem e logo em seguida se rompem, formando úlceras. Na primeira fase da infecção, estas lesões tendem a ser muito dolorosas. Pode haver também uma leve coceira no local.

Além da lesão típica do herpes, a primeira fase da infecção costuma vir acompanhada de outros sintomas, como febre, mal estar e dores pelo corpo. Podem surgir linfonodos nas região da virilha e, se as úlceras estiverem próximas à saída da uretra, pode haver intensa dor ao urinar. No caso de lesões internas, nas mulheres, os únicos sinais de doença podem ser corrimento vaginal e/ou desconforto durante o ato sexual. As lesões na infecção primária do herpes genital costumam demorar em média 20 dias para desaparecer.

Frequência das lesões

Após a infecção primária, as lesões do herpes genital desaparecem, permanecendo silenciosas por vários meses. Na maioria dos pacientes, a infecção ressurge de tempos em tempos – em alguns casos, mais de uma vez por ano. As lesões recorrentes tendem a ser menos dolorosas e duram cerca de dez dias, metade do tempo da infecção primária. Com o passar dos anos, as recorrências vão ficando mais fracas e menos frequentes.

As lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento, nos indivíduos imunocompetentes (aqueles cujo sistema imunológico responde normalmente quando em exposição a um antígeno). Os sinais e sintomas podem reaparecer, dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, menstruação, exposição prolongada ao sol, traumatismo ou uso de antibióticos.

Como se prevenir

A melhor maneira de prevenir o herpes genital é usar preservativo nas relações sexuais. Além disso, para diminuir os riscos de transmissão, deve-se evitar manter relações sexuais quando houver sinais e sintomas da doença. O uso da camisinha diminui o risco de transmissão, mas não o elimina completamente, uma vez que as lesões do herpes podem surgir em áreas da região genital que não ficam cobertas pelo preservativo, onde pode haver meio do contato.

Imagem de Reproductive Health Supplies Coalition no Unsplash

Pode acontecer de um parceiro de uma relação prolongada apresentar pela primeira vez um surto de herpes genital mesmo sem ter tido contato sexual com alguém de fora da relação. Isto ocorre porque um ou ambos os parceiros já eram portadores do vírus sem, no entanto, terem apresentado sintomas anteriormente.

O herpes genital é hereditário?

O herpes genital não é hereditário e o vírus não afeta a fertilidade nem é transmitido pelo esperma do homem ou pelo óvulo da mulher. O herpes genital, em qualquer um dos pais, em geral não afeta os filhos e existe pouco risco de transmissão, desde que se tenha hábitos normais de higiene. No entanto, os pais devem estar cientes de que o vírus do herpes pode ser transmitido pelas lesões orais através do beijo, podendo causar infecção grave e disseminada no recém-nascido.

Mesmo que a mulher não tenha lesões visíveis, ela deve informar sua médica ou médico se for portadora do vírus do herpes genital e pretende engravidar. O herpes genital na gravidez pode provocar aborto espontâneo, uma vez que existe a transmissão vertical do vírus. Durante o parto, o vírus pode ser transmitido para a criança se a gestante apresentar lesões. Entretanto, quando a mãe já tem histórico de herpes genital, ela terá anticorpos circulantes no sangue que protegem o bebê durante a gravidez e o parto, então também é possível que as mulheres com herpes genital tenham uma gravidez segura e um parto vaginal normal.

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Como é feito o diagnóstico

Aos primeiros sinais de uma possível infecção pelo vírus do herpes, um profissional de saúde deverá ser consultado para que o tratamento adequado possa ser indicado. Se o/a paciente procurar a médica ou médico com as lesões em sua fase ativa, a confirmação do diagnóstico pode ser feita via exame laboratorial de material colhido das bolhas ou das feridas, quando se comprova a presença do vírus herpes simplex nas lesões.

Na presença de qualquer sinal ou sintoma de herpes genital, procure um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. A infecção tem tratamento e os seus sinais e sintomas podem ser reduzidos, mesmo que não haja cura.

Tratamentos para o herpes genital

O herpes genital é uma doença que tem tratamento e pode ser controlada, mas não existe cura. Quem se contaminou com o vírus do herpes ficará contaminado pelo resto da vida, podendo ou não ter sintomas recorrentes da infecção.

No entanto, o devido acompanhamento médico no tratamento do herpes genital traz inúmeros benefícios na eliminação dos sintomas, fazendo com que o vírus volte a se manifestar com menos frequência. O tratamento com antivirais serve para acelerar a cura das lesões, aliviar os sintomas, impedir complicações e reduzir o risco de transmissão para outros. Os medicamentos de uso local ajudam a diminuir a inflamação e a acelerar a cicatrização das lesões, assim como a evitar a contaminação secundária por bactérias.

O tratamento pode encurtar a duração de um episódio de herpes, devendo ser instituído assim que surgirem os primeiros sintomas, para melhorar a sua eficácia. Nas recorrências, o tratamento pode ser feito por apenas cinco dias. Pessoas com histórico de herpes genital recorrente são frequentemente aconselhadas a manter um estoque de medicação antiviral em casa, de modo a iniciar o tratamento assim que surgirem os primeiros sinais de uma recorrência.

Cuidados pessoais

Por ser muito contagioso, a primeira orientação a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, não furar as bolhas, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas, não aplicar pomadas no local sem recomendação profissional. Sabões e banhos de espuma devem ser evitados. Também é importante manter a área genital limpa e seca, e evitar roupa interior apertada. Cremes e pomadas geralmente não são recomendados.

Assim como outros tipos de herpes, tendo o herpes zoster como exemplo, uma vez contaminado com o vírus, o herpes genital pode surgir em algumas circunstâncias específicas, como o cansaço, estresse, fadiga, baixa imunidade do corpo e até em períodos de menstruação nas mulheres. Por isso, uma vida saudável, com uma dieta adequada, pode ser o suficiente para evitar uma frequente recorrência do aparecimento dos sintomas, ajudando também a controlar a doença.


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