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Pesquisa sugere que sim, a fadiga do Zoom é real e pode ser prevenida

Fadiga do Zoom”, também conhecida como “fadiga virtual”, ou em inglês como “zoom fatigue” é o termo usado para descrever o cansaço, preocupação ou burnout associados ao uso excessivo de plataformas de videoconferência. Ele surgiu durante a pandemia de Covid-19, como consequência da adaptação ao home office e suas ferramentas para simular o ambiente de trabalho em plataformas virtuais, mantendo o isolamento social. 

A primeira análise que desconstrói a fadiga do Zoom de uma perspectiva psicológica foi realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicada em fevereiro de 2023 no jornal Technology, Mind and Behavior, seguindo a ascensão do trabalho remoto. E, embora não seja um diagnóstico formal, especialistas acreditam que a condição é real e pode ter consequências na saúde mental do ser humano. 

Enquanto o professor Jeremy Bailenson, autor do estudo e fundador do Laboratório Virtual de Interação Humana de Stanford (VHIL) acredita na condição, ele também reforça que seu objetivo com a análise não é criticar essas plataformas. Segundo o especialista, 

“A videoconferência é uma coisa boa para a comunicação remota, mas pense apenas no meio – só porque você pode usar o vídeo não significa que você precise fazê-lo”. (1)

trabalho remoto
Trabalho remoto pode afetar a dinâmica das cidades e o cenário urbano

Quais são as possíveis causas da fadiga do Zoom 

Segundo a pesquisa de Stanford, existem quatro principais razões pelas quais uma pessoa pode desenvolver a fadiga do Zoom. São elas: 

1. Contato visual 

De acordo com o especialista, a quantidade de contato visual e a proporção dos rostos humanos em videoconferências não são naturais, fazendo com que o cérebro interprete uma situação como intensa ou perturbadora. 

Em reuniões normais, uma pessoa pode olhar o apresentador, tomar notas ou olhar outras coisas. Porém, em videochamadas, todos olham para todos o tempo todo. Um ouvinte, por exemplo, é tratado como um palestrante; portanto, mesmo que você não fale em reuniões online, ainda estará olhando para rostos olhando para você.

Essa prolongação de contato visual pode contribuir para condições adjacentes, como a ansiedade social. 

2. Ver a própria imagem

Na maioria das videochamadas, câmeras retratam você e outras pessoas. Entretanto, se olhar por muito tempo não é algo natural ao ser humano. 

“No mundo real, se alguém estivesse seguindo você constantemente com um espelho – de modo que enquanto você estivesse conversando com as pessoas, tomando decisões, dando feedback, recebendo feedback – você estivesse se vendo em um espelho, isso seria uma loucura. Ninguém jamais consideraria isso”, disse Bailenson. 

Além disso, estudos já comprovaram que quando você vê um reflexo de si mesmo, você é mais crítico consigo mesmo. Portanto, pode ser estressante ver-se constantemente na tela. 

um macbook pro exibindo um grupo de pessoas em uma reunião do zoom, ilustrando a fadiga do zoom
Foto de Chris Montgomery na Unsplash

3. Mobilidade reduzida

Chamadas de áudio e diálogos em pessoa permitem uma ampla mobilidade à ambas as partes. No entanto, a maioria das câmeras usadas em chamadas de Zoom, por exemplo, possuem um campo de visão definido, o que, em consequência, reduz a mobilidade do ser humano. 

A limitação da mobilidade, segundo Bailenson, não é normal: 

“Há uma pesquisa crescente agora que diz que quando as pessoas estão se movendo, elas apresentam melhor desempenho cognitivo”, disse. 

4. Carga cognitiva

Em diálogos em pessoa, a comunicação verbal e não verbal ocorre naturalmente. Contudo, existe uma certa dificuldade de receber ou enviar sinais em chamadas de vídeo.

“Você precisa ter certeza de que sua cabeça está enquadrada no centro do vídeo. Se você quiser mostrar a alguém que concorda com essa pessoa, terá que fazer um aceno exagerado ou levantar o polegar. Isso adiciona carga cognitiva, pois você usa calorias mentais para se comunicar”, disse Bailenson. 

Sintomas da fadiga do Zoom 

Em geral, a fadiga do Zoom possui sintomas semelhantes aos da Síndrome de Burnout. A principal diferença entre ambas as condições é que a fadiga pode contribuir para o burnout e está mais associada à reuniões online. 

Portanto, alguns de seus sintomas são: 

  • Esquecimento e dificuldade de concentração;
  • Dificuldade em manter relacionamentos e estar presente com entes queridos no dia a dia;
  • Frustração e irritabilidade com colegas de trabalho;
  • Sintomas físicos, como tensão muscular, dor e insônia;
  • Cansaço físico e mental, estresse e crises de ansiedade

Como evitar

Métodos eficazes para evitar a fadiga do Zoom envolvem: 

Apenas marque reuniões importantes

Muitas vezes, reuniões desnecessárias tomam muito tempo do indivíduo. Ao participar de incontáveis reuniões, o indivíduo é mais propenso a desenvolver a fadiga do Zoom

Portanto, é importante limitar situações que podem engatilhar a condição. 

Similarmente, se for possível não participar de certas reuniões, tire um tempo para relaxar longe da câmera. 

Se possível, desligue a câmera

A autoimagem possui um papel importante no desenvolvimento da fadiga do Zoom. Como mencionado anteriormente, condições como a ansiedade social e distúrbios de imagem podem ser impulsionados através de uma câmera ligada o tempo todo. 

Para evitar que essas condições adjacentes sejam a causa para a fadiga, desligue a sua câmera por alguns minutos, se possível. Dessa forma, você não se sentirá tão exposto. 

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Encontre uma rotina 

Se você tiver o controle sobre o agendamento de suas reuniões, tente descobrir o que funciona melhor para sua agenda e para sua saúde mental. Muitas pessoas, por exemplo, preferem ter reuniões apenas no começo da semana, o que resulta em um maior período de recuperação da fadiga. 

Por outro lado, outros acham melhor tornar as reuniões mais infrequentes e espaçadas durante a semana. 


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