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Por Caio Albuquerque, da ESALQ-USP | Fatores nutricionais, sustentabilidade no processo de produção e curiosidade motivada pela mídia são os principais aspectos que explicam a aceitação do consumidor brasileiro pelas flores comestíveis. (Pesquisadora conta como passou a empreender na área)

Esse é o resultado de um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), de autoria da engenheira agrônoma Lais Rossetto, com orientação do professor Ricardo Alfredo Kluge, do departamento de Ciências Biológicas.

“A busca dos consumidores e chefs por novas cores, sabores, texturas e sensações, associada ao estilo de vida mais saudável, divulgação em mídias sociais e programas gastronômicos, auxiliaram no crescimento deste mercado”, aponta a autora do estudo.

Segundo Laís Rossetto, há registro do uso de flores comestíveis desde 3000 a.C., associadas ao potencial medicinal e nutricional. “Assim, a frequência no consumo tornou o uso de alcachofra e couve-flor algo convencional, por exemplo. Já as rosas, as begônias e o amor-perfeito foram perdendo sua soberania e retornam à popularidade há alguns anos como tendências gastronômicas”, complementa.

Mercado

Para mapear o atual mercado brasileiro de flores comestíveis, Laís aplicou um questionário on-line com 604 pessoas, de diferentes regiões, faixas etárias e escolaridade. O questionário incluiu aspectos sobre hábitos de consumo e conhecimento sobre flores comestíveis. “Foi observado que a população possui interesse sobre a temática e anseiam por mais informações sobre o assunto. Em polos gastronômicos, como o estado de São Paulo, há maiores registro de usos, aliados ao maior número de produtores. Os fatores que mais influenciam na busca por esses produtos são os teores nutricionais, sustentabilidade e curiosidade motivadas principalmente pela mídia”, reforça. Entre as flores apontadas como as de maior interesse pelos consumidores estão a camomila, a capuchinha, o hibisco, o amor-perfeito e a alcachofra.

Em paralelo, a engenheira agrônoma observou que ainda faltam oportunidades para o consumo por se tratar de um produto considerado de alta gastronomia, aliado à limitação da cadeia produtiva. “Os resultados desse estudo auxiliam produtores e chefs a utilizarem flores de forma mais assertiva em relação aos consumidores, com harmonização de espécies próprias para a finalidade”, finaliza.

Empreender

À medida que se aprofundava no tema, Laís passou a fomentar em suas mídias sociais o consumo de plantas alimentícias não convencionais, as PANCS. Incentivava por alguns seguidores, iniciou uma pequena produção ainda no período mais complicado da pandemia. “Mergulhar nesse mercado me deu a segurança para empreender nesse setor, de onde hoje tiro meu sustento”. Conheça essa história de empreendimento e oportunidade de negócio na entrevista concedida por Lais Rossetto ao podcast Estação Esalq.

Clique aqui e ouça a entrevista.

Este texto foi originalmente publicado pela ESALQ USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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