Os desastres naturais estão relacionados com a dinâmica interna e externa da Terra
Os desastres naturais acontecem quando eventos físicos perigosos ocasionam danos significativos às atividades humanas. Em áreas onde não existe interesse humano, os eventos naturais extremos não provocam desastres naturais.
Os desastres naturais estão relacionados com a dinâmica interna e externa da Terra. Além disso, o crescimento populacional e a ocupação inadequada do solo aumentam a sua probabilidade de ocorrência.
Exemplos de desastres naturais
Enchentes
Enchente, ou cheia, é um termo utilizado para descrever a elevação do nível d’água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém, sem extravasar. Ela pode ter causas naturais ou antrópicas e afetar populações vulneráveis com mais frequência.
Vale ressaltar que a ocorrência de enchentes é mais frequente em áreas com maior número de assentamentos humanos, quando os sistemas de drenagem passam a ser menos eficientes com o tempo se não forem recalculados ou adaptados.
Deslizamentos de terra
“Deslizamento de terra” é um termo utilizado para descrever um fenômeno de origem geológica e climatológica que inclui diversos tipos de movimento do solo, tais como quedas de rochas, falência de encostas e fluxos superficiais de detritos. Em outras palavras, deslizamento de terra é uma categoria dos “movimentos de massa”: processo de vertente que envolve o desprendimento e transporte de solo ou material rochoso encosta abaixo.
Apesar de os deslizamentos de terra e outros movimentos de massa serem fenômenos naturais, certos fatores antrópicos interferem decisivamente na ocorrência e agravamento desses eventos, como ocupações desordenadas de morros e encostas, construções de estradas em locais inadequados e desmatamentos.
Inundações
Inundação é o termo utilizado para caracterizar o processo que ocorre quando as águas de um rio transbordam em função das chuvas e ocupam a área ao lado do rio, chamada de planície fluvial. Ela pode ter causas naturais ou antrópicas e afetar populações vulneráveis com mais frequência.
Tsunamis
Tsunami é uma onda gigante que possui grande quantidade de energia e ocorre nos oceanos. Ele pode ser gerado por sismos em regiões costeiras e oceânicas, deslizamentos de taludes submersos, erupções vulcânicas, explosões ou ainda por impactos de corpos cósmicos, como meteoritos. Um tsunami tem elevado potencial destrutivo e pode trazer consequências avassaladoras para as áreas atingidas.
O que distingue um tsunami de outras ondas são os períodos de oscilação da água. Enquanto em uma onda marítima “normal” podem ocorrer períodos de até algumas dezenas de segundos, em um tsunami este tempo atinge alguns minutos ou até meia-hora. Assim, os tsunamis são ondas longas, que em alto-mar possuem entre 100 km e 500 km de comprimento.
Erosão
“Erosão” é um termo utilizado para descrever a remoção de materiais por agentes naturais em movimento na superfície terrestre. Esses materiais podem ser naturais ou construídos pelo ser humano. A água corrente, o gelo e o vento são alguns exemplos de agentes erosivos. Vale ressaltar que a erosão é um dos processos responsáveis por esculpir o relevo e modificar continuamente a superfície terrestre.
A erosão é um fenômeno muito complexo. Isso porque envolve a ação direta e indireta de diversos fatores, como clima, vegetação, tipos de solo e características geológicas e geomorfológicas do local envolvido.
Furacão
Furacão é um tipo de ciclone caracterizado por ventos fortes e que ultrapassam a velocidade dos 120 quilômetros por hora. Os ventos giram em torno de seu centro, chamado de “olho” em decorrência de seus aspectos característicos. Os furacões se formam em oceanos tropicais que possuem temperaturas médias de 26 °C, e levam cerca de dois a três dias para desaparecer.
Quando os furacões se formam no Oceano Atlântico, eles são chamados de “furacão”. No entanto, quando eles se formam no Oceano Pacífico, recebem o nome de “tufão”. Eles costumam ser muito grandes, com uma extensão média variando entre 400 e 650 km. Alguns deles já atingiram cerca de 800 km de diâmetro.
Mudanças climáticas
A principal consequência das mudanças climáticas está relacionada com um aumento na repetição e intensidade de eventos climáticos extremos, tais como enchentes, tempestades, furacões e secas.
Um estudo mostrou que as mudanças climáticas estão alterando profundamente o clima do Alasca. De acordo com especialistas, o número de tempestades no estado triplicará, aumentando os riscos de inundações generalizadas, deslizamentos de terra e incêndios florestais induzidos por raios.
Uma outra pesquisa revelou que os ciclones tropicais se tornarão mais intensos. Além disso, anunciou que as ondas de calor ocorrerão com mais frequência.
Racismo ambiental
A escassez de recursos naturais, o desequilíbrio de ecossistemas, os desastres naturais e os fenômenos climáticos não respeitam distribuições geográficas e impactam classes, gênero e raça de formas distintas.
Em todo o mundo, negros e outros grupos marginalizados, como populações indígenas, são desproporcionalmente afetados por impactos ambientais. Frequentemente, essas populações vivem em áreas mais afetadas por poluição, por exemplo. São famílias assentadas próximas a fábricas de reciclagem de baterias e corpos hídricos poluídos, locais onde há risco de desmoronamento, níveis perigosamente altos de chumbo, água contaminada e ar com péssima qualidade.
Prevenção aos desastres naturais
Evitar que os desastres naturais ocorram foge da capacidade humana. No entanto, existem medidas que podem minimizar os impactos socioambientais originados por eles.
Existem dois tipos de medidas preventivas básicas: as estruturais e as não estruturais. As medidas estruturais envolvem obras de engenharia complexas e caras, como barragens, diques e alargamento de rios. Já as medidas não-estruturais envolvem ações de planejamento e gerenciamento, como sistemas de alerta e zoneamento ambiental.