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Relatório da WWF informa que 60% da perda de biodiversidade global se deve a dietas à base de carne

O apetite global crescente por carne está impactando de forma devastadora o meio ambiente. O problema é impulsionado principalmente pela produção de gigantescas plantações que alimentam animais cujos destinos são a mesa de muitos humanos, alertou um novo relatório.

A vasta escala de culturas crescentes, como a soja que alimenta galinhas, porcos e outros animais, coloca uma enorme pressão sobre os recursos naturais, levando à perda de terra e de espécies em larga escala, de acordo com o estudo da ONG World Wildlife Fund (WWF).

A criação intensiva e industrial de animais também resulta em alimentos menos nutritivos, revela o documento; destacando que seis galinhas intensamente criadas hoje têm a mesma quantidade de ômega-3 que se encontrava em apenas um frango na década de 1970.

O estudo intitulado Appetite for Destruction(Apetite pela Destruição, em tradução livre) e lançado no início de outubro, em Londres, adverte sobre a grande quantidade de terra necessária para cultivar as culturas utilizadas para alimentação animal e cita algumas das áreas mais vulneráveis ​​do mundo devido a esse tipo de prática, como Amazônia, Bacia do Congo e os Himalaias.

O relatório se depara com um pano de fundo de revelações alarmantes a respeito da agricultura industrial.

A soja, rica em proteínas, agora é produzida em quantidades tão grandes que a média europeia de consumo é de aproximadamente 61 kg por ano, principalmente de forma indireta, por meio da alimentação de produtos de origem animal, como frango, porco, salmão, queijo, leite e ovos.

Em 2010, a indústria pecuária britânica precisava de uma área de 15 mil km² para produzir a soja utilizada nos alimentos para animais. Mas se a demanda global por carne crescer como esperado, diz o relatório, a produção de soja precisaria aumentar quase 80% até 2050.

“O mundo está consumindo mais proteína animal do que precisa e essa prática está tendo um efeito devastador sobre a vida selvagem”, disse o gerente de política alimentar da WWF, Duncan Williamson. “Uma perda desconcertante 60% da biodiversidade global está por trás dos alimentos que comemos. Muitas pessoas estão conscientes de que uma dieta baseada em carne tem um impacto na água e na terra, além de causar emissões de gases de efeito estufa, mas poucos sabem que o maior problema vem da alimentação baseada em culturas ingeridas pelos os animais que serão abatidos”.

Com 23 bilhões de galinhas, perus, gansos, patos e outros – mais de três por pessoa – as aves são os maiores consumidor de alimentos à base de colheita no mundo. O segundo maior, com 30% da alimentação mundial em 2009, é a indústria de suínos.


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