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Biocrostas são camadas da superfície do solo que concentram líquens, fungos, musgos, cianobactérias e algas

As biocrostas, também chamadas de crostas biológicas do solo, podem ser definidas como uma “pele viva” que cobre a superfície do solo. Elas são encontradas principalmente em ecossistemas com baixa produtividade, ou seja, áridos e semiáridos. As biocrostas podem ser compostas de líquens, fungos, musgos, cianobactérias e algas, e permitem o desenvolvimento de redes tróficas complexas em pequena escala.

As biocrostas desempenham funções fundamentais para o ecossistema, como fixação de carbono e azoto no solo, protegendo-o contra a erosão e aumentando a retenção de água.

Biocrostas em artigos científicos

Até meados da década de 1970, a comunidade científica não percebia a importância das biocrostas. A partir disso, as revistas passaram a publicar um número muito maior de artigos científicos que relatavam as principais funções desses elementos. No entanto, as biocrostas ainda eram consideradas como um todo, um elemento único que pode ou não estar presente, mas ignorando seus diferentes tipos e aspectos.

Recentemente, a comunidade científica passou a levar em consideração os diferentes tipos de biocrostas que existem, os quais variam de acordo com os organismos que as compõe. Alguns estudos são ainda mais aprofundados e identificam as espécies presentes nesses ambientes.

Além disso, existem pesquisas que demonstram que os efeitos das mudanças climáticas em cada ecossistema depende da presença ou ausência das biocrostas. Ou seja, pesquisadores do tema sugerem que esses elementos atuam como um modulador dos fatores responsáveis pelas alterações globais. Isso confere às biocrostas um papel fundamental, já que é possível que os organismos que a formam levem os solos a responder de maneiras diferentes aos efeitos das mudanças climáticas.

Em outras palavras, uma biocrosta dominada por líquens poderia abrandar o efeito das alterações climáticas sobre a decomposição da matéria orgânica, enquanto que uma biocrosta dominada por musgo poderia ter o efeito contrário. Por isso, conhecer a função específica de cada organismo que compõe a biocrosta permite que especialistas estabeleçam políticas ambientais e de restauro que protejam os componentes desse elemento mais apropriados à conservação dos ecossistemas.

O que é solo?

Solo é todo material inconsolidado formado na superfície dos continentes pela ação do intemperismo e pedogênese, e que é capaz de suportar a vida, seja ela em sua forma vegetal ou animal. Em função das condições ambientais, os solos podem apresentar características e propriedades físicas, químicas e físico-químicas diferentes.

Assim, os solos podem ser argilosos, arenosos, vermelhos, amarelos ou cinza esbranquiçados. Eles ainda podem ser ricos ou pobres em matéria orgânica, e espessos (algumas dezenas de metros) ou rasos (alguns poucos centímetros), apresentando homogeneidade ou diferenças facilmente percebidas horizontalmente.

O solo é o recurso mais importante de um país, já que ele fornece os recursos necessários para alimentar suas populações. No entanto, diversas atividades antrópicas têm provocado erosão e contaminação do solo, gerando diversos prejuízos. Por isso, é importante que existam políticas públicas que preservem esse recurso e planejem seu uso consciente e sustentável. Para saber mais sobre esse tema, acesse a matéria:

solo
O que é solo e qual a sua importância?

Cientistas revelam respostas de diferentes biocrostas ao aquecimento global e aumento da seca

Como dito anteriormente, as biocrostas são encontradas principalmente em ecossistemas com baixa produtividade, ou seja, áridos e semiáridos. Nesses ambientes, elas possuem um papel fundamental na ciclagem de nutrientes. No entanto, os efeitos de longo prazo do aquecimento global e da seca sobre esses componentes bióticos permanecem mal compreendidos.

Para esclarecê-los, uma equipe de pesquisa do Instituto Noroeste de Eco-Meio Ambiente e Recursos (NIEER) da Academia Chinesa de Ciências (CAS) avaliou como líquens e musgos responderam a aumentos de 0,5 °C e 1,5 °C na temperatura, juntamente com reduções de 5% e 8% na precipitação anual total.

Os resultados indicaram que o aquecimento global, junto com o aumento da seca, causaram uma diminuição significativa na cobertura e biomassa de musgos, mas não alterou a cobertura ou biomassa de líquens. Logo, o estudo sugeriu que o aquecimento global e as secas podem aumentar o domínio de líquens e reduzir o de musgos.


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