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Conheça problemas associados aos produtos para barbear e confira alternativas sustentáveis

 

O ato de se barbear é um dos mais importantes na rotina de muitos homens. Porém, ele é um processo agressivo à pele, principalmente se realizado de maneira inadequada ou com produtos de má qualidade.

Trata-se de um ritual que vem de muito tempo atrás, mas os métodos utilizados atualmente são completamente diferentes. Hoje em dia, existem diversos produtos para barbear, como a espuma ou o creme de barbear e as loções pós-barba, que auxiliam o deslizamento das lâminas ou amenizam os seus impactos sobre a pele, mas esses produtos também podem causar alergias ou queimaduras (além do impacto ambiental).

Além disso, o próprio aparelho de barbear mudou muito desde o tempo dos nossos avós. O barbeador de metal, muito comum antigamente, foi substituído por sua versão descartável, feita de uma mistura de plástico e metal e que aumenta as alergias e irritações cutâneas. Outra opção comum hoje em dia é a máquina de barbear, que dura mais que o aparelho de barbear descartável, mas gasta uma grande quantidade de matérias-primas em sua produção e traz problemas como o descarte correto após o final de seu ciclo de vida.

Existem alternativas para um barbear saudável e sustentável e a primeira delas é voltar ao bom e velho barbeador de metal, que pode durar a vida inteira, é 100% reciclável e acaba sendo economicamente mais vantajoso a longo prazo. Também é possível fazer em casa o seu próprio creme de barbear ou a sua loção pós-barba. Para quem não tem tempo de fazer cosméticos caseiros, uma opção é comprar produtos naturais, que não levam substâncias químicas nocivas em suas formulações. Conheça os principais problemas dos produtos de barbear convencionais:

Composição do creme e da espuma de barbear

Classificados de maneira mais genérica, as formulações para barbear são produtos químicos formadores de espuma baseadas no uso pelo espalhamento no rosto ou área a ser depilada. Normalmente são compostos por óleos que podem ser de origem vegetal ou mineral, e outros lubrificantes, tais como ésteres sintéticos e emolientes, que apenas lubrificam o corte. Podem se apresentar sob a forma de creme, espuma ou gel. Os principais objetivos desses tipos de produtos são:

  1. Amaciar a barba, facilitando o deslizamento da lâmina;
  2. Lubrificar o corte, permitindo um deslizamento mais suave da lâmina;
  3. Umedecer a pele, deixando-a lisa e com bom aspecto;
  4. Abrir os poros.

Como se pode notar, todos esses objetivos são cheios de boas intenções, mas a coisa não funciona tão bem assim. Além de irritações e outros problemas mais graves que o creme de barbear pode causar, a sua forma de produção e as embalagens disponibilizadas para o consumidor geram grande impacto ambiental, principalmente no caso dos aerossóis (espumas).

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Problemas

Para enxergar melhor os problemas relacionados ao creme de barbear, precisamos entender e ter a visão do processo industrial cosmético como um todo. Ele pode ser basicamente dividido em três etapas: o consumo de recursos, o processamento e a geração de produtos e subprodutos – cada uma dessas etapas gera grandes consequências ao meio ambiente.

Entre os insumos empregados na indústria é possível apontar a água como a principal matéria-prima utilizada no setor. Além do uso na produção dos cosméticos, ela também participa de processos como limpeza e sanitização de equipamentos e tubulações, em sistemas de resfriamento e geração de vapor.

Além da água, há diversos tipos de materiais usados. Há tensoativos, alcoóis, óleos, extratos vegetais, corantes, pigmentos, conservantes e solventes orgânicos.

Também é possível identificar a produção de resíduos e o consumo de energia em todas as etapas da produção. Durante o processo de envase do produto, por exemplo, são gerados resíduos provenientes de restos de embalagens, bem como resíduos e efluentes originados durante a limpeza dos equipamentos.

Já entre os produtos e subprodutos gerados durante a produção se inserem os produtos acabados e suas sobras, como as aparas de extrusão de sabonetes em barra, por exemplo. Os resíduos gerados na indústria cosmética podem ser divididos em três categorias: resíduos sólidos, gasosos e líquidos.

Os maiores componentes sólidos gerados pelo setor são os resíduos de embalagem. A grande variedade de frascos, potes, caixas de papelão, tambores e latas utilizados para o acondicionamento de produtos e matérias-primas podem causar sérios danos ambientais devido ao potencial de contaminação de solos e aquíferos que apresentam. Você já se perguntou qual o destino daquele frasco aerossol da espuma de barbear que você jogou fora?

Entre os resíduos gasosos, as substâncias odoríferas e os solventes orgânicos voláteis, como o tolueno e alcoóis, são os compostos mais comumente gerados pela indústria cosmética.

Os resíduos líquidos estão relacionados, basicamente, aos processos de limpeza da indústria. Na composição desses efluentes estão os óleos, fosfatos e polifosfatos, despejos amoniacais e os tensoativos, que são geralmente chamados de emulsionantes, pois permitem conseguir ou manter a emulsão, e podem ser encontrados em detergentes, produtos químicos de limpeza em geral e também na composição da maior parte dos cremes e espumas de barbear convencionais.

Aerossóis: o que são?

São partículas de um líquido, ou um sólido, suspensas em um gás, muito comuns em desodorantes e também na espuma de barbear. Seu sistema de embalagem consiste em um recipiente fechado que contém um produto pressurizado por um propelente (gás), que é dispensado para o exterior sob forma de um jato por meio de um conjunto válvula + atuador. O gás permite a expansão da espuma, aumentando o rendimento e facilitando a aplicação de produto. Há muitos produtos que utilizam esse tipo de embalagem, como itens de higiene pessoal, alimentícios, entre outros. Os gases comumente contidos nos aerossóis têm alguns problemas sérios:

CFC (de CloroFluoroCarbono, Dicloro e Triclorofluoroetano; comercializados sob as marcas registradas FREON e FRIGEN)

  • 1974: Teoria de Rowland-Molina de que os radicais clorados atacam e destroem a camada de ozônio que protege o planeta da radiação UV.
  • 1985: Medição britânica no Polo Sul determina o tamanho do “buraco” na camada de ozônio.
  • 1987: Protocolo de Montreal (internacional) determina a suspensão gradativa da produção de CFCs e sua substituição. Determina também a total descontinuação da produção de compostos que podem agredir a camada de ozônio até 2030.
  • 1995: Resolução CONAMA (Brasil) – Proibido o uso de CFC em aerossol, no território nacional.

VOC (do inglês Volatile Organic Compounds)

São os chamados Compostos Orgânicos Voláteis. Trata-se de uma das substâncias mais tóxicas presentes em diversos tipos de materiais sintéticos ou naturais de nosso cotidiano. Caracterizam-se por possuírem alta pressão de vapor, o que faz com que se transformem em gás ao entrar em contato com a atmosfera através de um processo conhecido como fotorreação.

Há tendência de regulamentação para diminuição da presença de solventes orgânicos (inclusive butano/propano), nas formulações de aerossóis, com aumento substancial do uso de água e propelentes alternativos miscíveis nestas condições.

 

PROCs (do inglês Photochemically Reactive Organic Compounds)

São os compostos orgânicos reativos fotoquimicamente; gerando “pocp: photochemical ozone creation potencial”. Há a preocupação de que podem ocasionar um incremento na concentração de ozônio, na troposfera e aumentar o “smog” fotoquímico, um tipo de poluição que é desencadeada pela luz solar e que gera ozônio como produto, impactando sobretudo no aquecimento global.

Problemas dos tensoativos

Já os tensoativos ou surfactantes, encontrados nos produtos de limpeza utilizados pela indústria de cosméticos e também nos produtos de barbear, são moléculas que apresentam tanto uma porção apolar quanto uma porção polar e que provocam grandes danos ecológicos, principalmente em ambientes aquáticos, já que são resistentes à biodegradação. Comuns em detergentes e outros produtos desengordurantes, essas substância possuem uma porção lipofílica (apolar), que é capaz de interagir com a membrana de bactérias, causando o efeito bactericida, o que prejudica importantes processos biológicos associados ao equilíbrio do ecossistema aquático. O tensoativo também promove alterações na estrutura das mitocôndrias e na fosforilação oxidativa, inibindo a síntese de DNA e modificando a permeabilidade da membrana ao potássio.

Devido às suas propriedades limpantes, a produção de tensoativos, bem como o seu uso residencial e industrial, vem aumentando expressivamente. A maior parte dos tensoativos utilizados hoje em dia tem origem sintética, derivados do petróleo e, após o uso, esses surfactantes são, na maioria das vezes, descartados na superfície da água. Assim, quando você usa produtos para barbear como cremes e espumas convencionais, ao passar água na lâmina você enviar os tensoativos ali presentes para o meio ambiente – e o acúmulo dessa matéria-prima no ambiente afeta seriamente o ecossistema, causando inclusive toxicidade aos mamíferos e bactérias.

Problema das espumas

Além da espuma que você criou para se barbear, há também o problema da espuma que se forma nos rios devido à presença dos tensoativos. Através dela, poluentes tóxicos, impurezas e vírus são disseminados pelo vento a grandes distâncias. Além disso, ocorre a formação de uma película isolante na superfície da água, diminuindo a troca gasosa com a atmosfera e piorando a qualidade da água.

Alternativa sustentável

Diante da gravidade de todos esses problemas, a busca por processos e produtos alternativos é de extrema importância. Uma alternativa ao creme ou espuma de barbear é usar os óleos vegetais, tais como o de semente de uva ou o de eucalipto, entre outras opções. Quando usado durante a sauna ou sob o vapor d’água do chuveiro, seu efeito é potencializado, já que com a abertura dos poros ocasionada pelo calor, o óleo é capaz de penetrar na pele e nutri-la com suas vitaminas e outros componentes benéficos.

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Eles possuem a vantagem de proporcionar um verdadeiro tratamento de beleza, além de ótimos resultados quando utilizados como pré-barba. Mas é preciso estar atento se o seu processo de obtenção é por meio da prensagem a frio e livre de parabenos. Saiba onde comprar óleos vegetais obtidos por esse método mais natural.

Você também pode fazer o seu próprio creme de barbear e até uma loção pós-barba natural e caseira. Confira as receitas completas nas matérias: “Creme de barbear: cuidados na escolha ou como fazer” e “Como fazer loção pós-barba natural“. Para a correria do dia a dia, outra opção é comprar produtos para barbear feitos com ingredientes naturais (ou seja, livres de química nociva ou poluentes).

Durante o ato de se barbear propriamente, a dica é usar um barbeador de metal – como aquelas que os seus avós usavam e que dura a vida inteira (ou poderia, se for bem cuidada). As versões modernas disponíveis no mercado tem a base do aparelho feita 100% em aço inoxidável e a lâmina é de metal. A lâmina precisa ser trocada periodicamente, mas, como é composta apenas por metal, pode ser reciclada, diferente dos aparelhos de barbear mais comuns atualmente, que são feitos por uma mistura de plástico e metal, duram pouco, consomem uma grande quantidade de recursos em sua produção e são de difícil reciclagem. Isso sem falar nas alergias – o produto para barbear de metal é mais higiênico e também mais afiado, exigindo menos força no ato de se barbear.

Dessa forma, você consegue manter sua rotina diária de cuidados com a pele durante o processo de barbear de forma sustentável e menos agressiva ao seu próprio corpo e ao meio ambiente.

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