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A anemia falciforme é uma doença hereditária, mas possui tratamento. Entenda

A anemia falciforme é uma anomalia genética importante, sendo a doença hereditária de maior prevalência no Brasil. A mutação teve origem no continente africano e pode ser encontrada em populações de diversas partes do planeta, com altas incidências na África, Arábia Saudita e Índia.

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Também chamada de drepanocitose ou anemia drepanocítica, a anemia falciforme ocorre quando há produção anormal de glóbulos vermelhos, provocando uma deformação nas hemácias. Essa deformação rompe a parede da células, causando a anemia. Por conta desse rompimento, a parede da hemácia fica com um formato parecido ao de uma foice – e por isso o nome “falciforme“.

A anemia falciforme acomete principalmente pessoas negras, mas devido à alta miscigenação ela tem acometido também pessoas de outras raças.

Causa

A causa da anemia falciforme é genética. A mutação do gene ocorreu como uma forma de adaptação a um contexto de alta ocorrência de malária. Com o formato deformado da hemácia, o vírus da malária não atingia a população que possuía o gene da anemia falciforme e, por sobrevivência, o gene foi passado de geração a geração.

Sintomas

Os sintomas da anemia falciforme podem começar a aparecer logo no primeiro ano de vida. E por isso é importante o diagnóstico precoce como principal medida de impacto positiva na assistência de qualidade às pessoas com a doença.

As pessoas com anemia falciforme têm sintomas muito variados. Elas podem não ter quase nenhum sintoma, necessitando de pouca transfusão de sangue ou mesmo de nenhuma e, portanto, com excelente qualidade de vida. Mas existem algumas pessoas que, mesmo com acompanhamento médico adequado, têm crises muito graves da doença, com sintomas de dores ósseas, na barriga, infecções de repetição às vezes muito graves, podendo levar à morte.

Os principais sintomas da anemia falciforme são:

  • Infecções e dores com inchaço nas mãos e nos pés;
  • Derrames cerebrais, com lesões graves e definitivas;
  • Palidez;
  • Branco dos olhos amarelado (icterícia);
  • Dores nos ossos;
  • Complicações devido a danos ocorridos ao longo de sua vida aos órgãos mais importantes, tais como o fígado, os pulmões, o coração e os rins;
  • Úlceras de difícil cicatrização nas pernas;
  • Priaprismo (dolorosa ereção do pênis sem razão aparente que pode durar horas).

Anemia falciforme tem cura?

Infelizmente, a anemia falciforme não tem cura. Mas existe tratamento e sua realização é importante para prevenção dos sintomas.

Tratamento

O tratamento da anemia falciforme pode ser feito com medicamentos, transfusão sanguínea ou até mesmo transplante de medula óssea.

Em crianças de 2 meses até 5 anos normalmente são utilizados penicilina, remédios analgésicos e anti-inflamatórios para evitar pneumonia, aliviar a dor durante crises e máscara de oxigênio para aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e facilitar a respiração.

O tratamento da anemia falciforme deve ser realizado durante toda a vida para evitar infecções. Pessoas com anemia falciforme não tratada podem morrer mais facilmente por infecção generalizada.

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Diagnóstico

O diagnóstico da anemia falciforme deve ser feito logo no teste do pezinho nos primeiros dias de vida do bebê. Quando o bebê apresenta concentração de hemoglobina S acima de 45%, a anemia falciforme está detectada.

Entretanto, se o bebê não realizou o teste do pezinho, o diagnótico da anemia falciforme pode ser feito por meio de um hemograma.

A anemia falciforme também pode ser diagnosticada antes do nascimento por meio de amniocentese ou biópsia do vilo corial.


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