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Mais de 2 mil empresas no mundo todo aderiram ao "sistema B", que valoriza o desenvolvimento social

O sistema B é um movimento global que pretende disseminar o desenvolvimento socioambiental por meio da certificação de empresas no âmbito global. Toda empresa do sistema B possui como objetivo solucionar problemas socioambientais.

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Como funciona o empreendedorismo indígena?

Quem criou o sistema B?

O Sistema B é uma organização criada por líderes empreendedores em 2006, nos Estados Unidos. O objetivo é desenvolver negócios inclusivos, equitativos e regenerativos para as pessoas e para o planeta. Por sua vez, o Sistema B Brasil é a expansão do movimento B criado nos Estados Unidos para o Brasil.

O que é selo verde?

O selo verde é uma certificação empresarial voluntária definida pela ISO (International Organization for Standardization – Organização Internacional de Padronização, em português). A ISO 14020, em específico, também chamada de Programa de Rotulagem Ambiental, classifica três tipos de Selo Verde.

1º Tipo: a certificação técnica é realizada por uma terceira entidade;

2º Tipo: a certificação é realizada com base na própria autodeclaração da empresa requerente, com base em um método avaliativo de verificação;

3º Tipo é a certificação mais completa dos Selos Verdes. Inclui Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e envolve a avaliação de entidades terceiras.

Sistema B e Adam Smith

Em seu livro e primeira obra, A teoria dos Sentimentos Morais, o economista e filósofo escocês Adam Smith argumenta que é natural os seres humanos buscarem agradar outras pessoas e sentirem-se acolhidos por elas. Segundo Smith, na natureza da humanidade “há princípios que o fazem interessar-se pela sorte dos outros e considerar a felicidade deles necessária para si mesmo, embora não extraia senão o prazer de assistir à felicidade de seu semelhante”.

Muitas pessoas desconhecem esse lado mais “simpático” do economista. Afinal, ele é frequentemente associado ao capitalismo selvagem — que gera concentração de renda e desigualdade social.

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O que são negócios de impacto

Porém, como grande parte dos teóricos da humanidade, Adam Smith acreditava que era necessário formular maneiras de se estabelecer uma ordem social que buscasse o bem comum, apesar do ser humano ser dotado de sentimentos egoístas.

Altruísmo e a economia solidária

Ao reconhecer tais sentimentos, Smith reforça que a humanidade, em geral, tem um certo altruísmo que se contrapõe ao auto-interesse. Isso faz com que busquem formas de compensar o sofrimento alheio.

Entretanto, o economista escocês ressalta que “a simpatia não surge tanto de contemplar a paixão, mas da situação que a provoca”. Para ilustrar isso, Smith enfatiza que essa simpatia só pode ser alcançada à medida que o espectador “esforça-se tanto quanto possível para colocar-se na situação do outro (…) “.

Apesar de A Teoria dos Sentimentos Morais estar repleta de conceitos complexos, este descrito acima mostra bem como iniciativas que visam ao bem-estar social surgem em qualquer tipo de sistema econômico. Esse é o caso da chamada Economia Solidária.

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O que é Economia Solidária?

De acordo com o Ministério do Trabalho e do Emprego,, “Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.”

Um grande expoente dessa economia no Brasil é Paul Singer, economista e professor. Em seu livro “Introdução à Economia Solidária” salienta que nos acostumamos a ver uma sociedade inserida num capitalismo de mercado, onde a competitividade gera pontos positivos para os ganhadores, mas reserva consequências sociais àqueles que não conseguem conquistar os consumidores.

De modo geral, o destino daquelas empresas que quebram, dos estudantes que não passam no vestibular, dos trabalhadores que não conseguem emprego é visto apenas como uma consequência do jogo.

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E é exatamente nesse momento que as palavras de Smith ganham força, pois, nesse sistema puramente competitivo, como empresários falidos que não conseguem ter o crédito aprovado nos bancos podem se reerguer e gerar novos negócios e empregos?

É possível conciliar competitividade e desenvolvimento sustentável?

Em princípio, colocar as ideias smithianas nesse contexto de economia solidária parece ser algo extremamente controverso. Afinal, em seu livro mais conhecido, A Riqueza das Nações, o economista afirma que mercados competitivos são uma das melhores formas de induzir o uso eficiente e produtivo dos recursos de um país. Mas diante disso, considere suas palavras em Teoria dos Sentimentos Morais:

“Na corrida pela riqueza, honra e privilégios, [a humanidade] poderá correr o mais que puder, tencionando cada nervo e cada músculo para superar todos os seus competidores. Mas se empurra ou derruba qualquer um deles, a tolerância do espectador acaba.”

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Humanizando o sistema capitalista

A história mostra que a prática não se mostrou tão eficaz e novos adendos surgiram para complementá-la. A Economia Solidária abraça aqueles que se encontram na situação descrita por Singer – os excluídos do jogo capitalista movido pela competição – e propõe formas igualitárias de empreendimentos, cooperativas, clubes de troca e outros. Em poucas palavras, a economia solidária é uma tentativa de humanização do sistema capitalista. E não é a única.

Outras iniciativas de modelo de negócio com um viés social de melhora contínua têm surgido e se destacam por estimularem novos modelos organizacionais que encorajam o uso do poder dos negócios para resolver problemas de cunho social e ambiental. É nesse cenário que surge o modelo de empresa B, que é aquela que integra o sistema B.

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Empresas B

Empresas B são aquelas que usam seus negócios para o desenvolvimento de comunidades e para a redução da pobreza, além disso busca também soluções para os problemas climáticos. O conceito das “B Corps” foi criado pelo B-Lab nos EUA em 2006, com a proposta de redefinir o sucesso para os negócios.

Hoje, há mais de 950 companhias – 75 delas na América Latina – em 30 países e 60 setores. No Brasil, esse conceito chegou há pouco tempo, liderado pelo Comitê pela Democratização da Informática (CDI) em parceria com o Sistema B, representante do movimento na América Latina, e já possui 46 empresas com o certificado.

A Ouro Verde Amazônia é a primeira empresa certificada com o sistema B no País. A certificação é concedida após ampla análise das práticas empresariais, em todos os âmbitos. Eles incluem a relação com trabalhadores, comunidade, meio ambiente, fornecedores, governo, além de altos padrões de gestão e transparência.

O sistema B têm como valores e missão:

infográfico de uma empresa B certificada. contém um grande retângulo com os dizeres "Certified B Corporation" e diversas setas que indicam as seguintes categorias avaliadas para a certificação feita pelo Sistema B, como "Workers", "Community", "Environment", "Governance" e "Customers".
Imagem: Sistema B
  1. Resolver problemas sociais e ambientais a partir dos produtos e serviços oferecidos pelas próprias empresas; e nas práticas laborais e socioambientais, atender as comunidades, os fornecedores e os públicos de interesse;
  2. Um rigoroso processo de certificação, que examina todos os aspectos da empresa e que deve atender aos padrões de desempenho mínimos, além de ter um forte compromisso com a transparência no relatar publicamente seu impacto socioambiental;
  3. Também fazer as mudanças legais para proteger sua missão ou finalidade comercial e, portanto, combinar o interesse público com o privado. Isso também irá construir uma confiança com os cidadãos, clientes, colaboradores e novos investidores.

Como fazer parte do sistema B?

Para fazer parte do sistema B, as empresas B devem:

  • Possuir mais de 12 meses de operação
  • Operar em mercados competitivos
  • Ser uma empresa completa e distinta

Além disso, também é necessário:

Fazer a avaliação de impacto B

A Avaliação de Impacto B avalia o impacto global da empresa em suas partes interessadas. A avaliação varia de acordo com o tamanho da empresa (número de funcionários), setor e localização de operação primária. O procedimento leva normalmente de uma a três horas; depois de ter concluído a avaliação, é emitido um Relatório de Impacto B com uma nota geral.

Completar uma Revisão da Avaliação

Em seguida, uma revisão de Avaliação com um membro da equipe B Lab é agendada. Nessa chamada, a equipe irá rever questões que podem ter sido difíceis de responder ou não estão claras, além de ajudar a entender mais sobre as circunstâncias e quais seriam as melhores práticas para a sua empresa. Em média, leva cerca de 60-90 minutos para completar uma revisão.

Apresentar Documentação de Apoio

Em seu comentário de Avaliação, a equipe também irá mostrar à empresa como apresentar a documentação de apoio e se a pontuação desta está acima de 80 dos 200 pontos possíveis. A avaliação seleciona aleatoriamente de oito a 12 perguntas respondidas de forma afirmativa e pede à futura empresa B para documentar suas práticas de forma detalhada. A lista de documentos será gerada após a revisão e avaliação.

Completa Divulgação Questionário

O Questionário de Divulgação permite que a empresa divulgue de forma confidencial para a B Lab quaisquer práticas sensíveis, multas e sanções relacionadas com a empresa ou seus parceiros. Esse componente não afeta a avaliação da empresa. Normalmente, a maioria destas respostas são menores de natureza e, portanto, não é necessária nenhuma ação adicional.

No entanto, se identificado um ou mais itens do Questionário de Divulgação ou em uma verificação da Companhia e de sua alta administração de fundo material (práticas suspeitas envolvendo pagamento de tributos e coisas do gênero), pode ser necessário fornecer informações adicionais. A aceitação e participação contínua na comunidade B Corp é de exclusivo critério do Conselho Consultivo de Normas e Conselho de Administração da B Lab.

Quais razões uma empresa teria para se tornar uma empresa B?

Outros fatores tornam a certificação fornecida pela B Lab ainda mais atraente. Além do óbvio benefício de se tornar uma empresa oficialmente engajada com a sustentabilidade em seu ramo de atividade pelo sistema B . Por exemplo: 

  • Economizar em serviços de acesso (CRM-Salesforces, e-commerce etc);
  • Atrair investidores ligados ao ESG;
  • Participar de campanhas publicitárias promovidas pela B-Corp;

Ou seja, cada vez mais, empresas que participam do sistema B são capazes de redefinir o conceito de sucesso. Assim, gerando benefícios socioambientais dentro do contexto econômico.

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