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Antes despercebidas, as emissões fugitivas causam grande preocupação por serem difíceis de controlar

Emissões fugitivas são parte de um assunto que vem despertado cada vez mais interesse por parte da indústria. Elas são um tipo de emissão não intencional e que parte de tubulações, vazamentos e até de dutos subterrâneos. Os lançamentos das emissões fugitivas são difusos e elas podem ser formadas por matéria sólida, líquida ou gasosa.

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Para compreender melhor o que são as emissões fugitivas e quais os métodos para evitá-las, convém relembrar alguns conceitos, como o de “emissão atmosférica“, além de conhecer os tipos de fontes emissoras.

O processo de emissão de um gás consiste em sua liberação para a atmosfera, permitindo que suas partículas entrem em circulação. As emissões podem ocorrer naturalmente ou serem derivadas da atuação antrópica, ou seja, resultantes de atividades humanas. Já as fontes emissoras podem ser classificadas em pontuais e difusas.

Fontes pontuais são facilmente localizáveis, pois possuem mecanismos de controle e direcionamento do fluxo de poluição que é emitido, ou seja, os gases liberados partem de um ponto específico, como de uma chaminé ou de um escapamento, por exemplo.

Já as fontes difusas (ou não pontuais) não dispõem de mecanismos de controle e direcionamento do fluxo de gases, o que dificulta sua localização, o controle das emissões e o destino dos gases emitidos. São essas as fontes causadoras das emissões fugitivas, sobre as quais agora estamos aptos a discutir.

Emissões fugitivas: o que são e de onde vêm

A Resolução 382/2006 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) define emissões fugitivas como lançamentos difusos na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuada por uma fonte que não possui dispositivo projetado para dirigir ou controlar seu fluxo. Ou seja, as emissões fugitivas provêm de fontes emissoras difusas. De acordo com a United States Environmental Protection Agency (EPA), estas emissões são não intencionais e partem de tubulações e vazamentos de equipamentos em superfícies seladas ou impermeáveis, e até de dutos subterrâneos.

Apesar da definição do Conama para emissões fugitivas, no que diz respeito a emissões atmosféricas, o termo é comumente usado para se referir a liberações difusas de compostos orgânicos voláteis (VOCs) na atmosfera, ou seja, de qualquer composto orgânico que sofra reações fotoquímicas na atmosfera. Os VOCs reagem na atmosfera formando principalmente ozônio (O3), que apesar de ser benéfico quando na estratosfera (onde forma a camada de ozônio), pode ser extremamente prejudicial para a saúde e para o meio ambiente quando se concentra na troposfera (a camada atmosférica onde vivemos).

Grande parte das emissões fugitivas ocorrem através de vazamentos em bombas, compressores e válvulas de plantas industriais. Além de tais vazamentos serem prejudiciais ao meio ambiente, o escape de produtos pode gerar prejuízos financeiros para as indústrias, sendo necessário um método para reduzir as emissões fugitivas, minimizando esse tipo de perda de material para a atmosfera.

Os Estados Unidos foram os primeiros a estabelecer um controle sobre as emissões fugitivas, a partir do Clean Air Act, em 1970, promovido pela EPA. Para o monitoramento das emissões, foi desenvolvido o “Método 21” (ou EPA 21), que utiliza um analisador de gases portátil próprio para ser aplicado em ambientes de atmosferas explosivas. Também foi criado o Programa de Detecção e Reparo de Vazamentos (LDAR-Leak Detection and Repair), que consiste na detecção e reparo dos eventuais escapes.

Conforme os equipamentos são reparados, são realizadas novas medições para a verificação da eficiência das manutenções. As concentrações analisadas são geralmente obtidas na unidade ppm (parte por milhão), que dependendo da periculosidade e toxicidade do composto pode ser considerada um valor relativamente alto, chegando, em certos casos, a oferecer risco a trabalhadores e instalações.

A EPA também sugere alguns cuidados para que se reduzam as emissões de VOCs.

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou a extração, transporte de petróleo e gás natural como algumas das principais atividades causadoras de emissões fugitivas.

A indústria de petróleo e gás natural também é uma grande geradora de emissões fugitivas de gases de efeito estufa (leia mais sobre aquecimento global), podendo emitir gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fornece relatórios de referência (inventários) sobre emissões de gases estufa em vários setores econômicos (dentre eles a indústria petroquímica).

Um relatório disponibilizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta algumas atividades consideradas grandes geradoras de emissões fugitivas, tais como as emissões fugitivas de combustíveis fósseis (pela queima), mineração e manipulação de carvão, além das emissões geradas em processos posteriores aos da mineração, e provindas de minas subterrâneas ou superficiais que são abandonadas após a extração do minério.


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