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O número zero possui uma longa história com diversos redescobrimentos e é um dos dígitos mais importantes na matemática

O número zero é o símbolo matemático do “nada” e pode ser definido como a ausência de uma quantidade. Ele, acredita-se, possui origem em Cambodia e pode ser datado no ano de 683 d.C. Sua versão mais antiga foi descoberta em 1931 pelo arqueólogo e autor do livro “Finding Zero”, Amir Aczel.

Antes da descoberta de Aczel, diversos outros arqueólogos e especialistas da área também tiveram o título de “descobridores” do número em documentos e inscrições antigas, que eram encontradas, principalmente, na Índia. No entanto, o número conhecido hoje com o símbolo 0 foi uma herança do sistema numérico árabe, e só chegou na Europa durante o século 13. 

Embora sua simbologia e nomenclatura sejam relativamente “novos”, o zero é uma parte fundamental da vida atual. Sem o zero, afinal, o cálculo, gráficos, computadores e coordenadas não existiriam. 

A concepção do “nada” e da “falta de existir” que o zero representa é uma ideia difícil de se imaginar. Afinal, o zero não existe na natureza, nem no mundo em geral. Ele é um conceito abstrato, mas que possui uma importância significativa no mundo físico. 

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Como a matemática pode ser interessante e bela?

Descobrimento do zero

Especialistas acreditam que o zero foi introduzido anos atrás como apenas um “espaço reservado”. Há 4 mil anos, os babilônios começaram a contar dividindo os números em colunas. Entretanto, o espaço que hoje seria reconhecido como o número derivado do sistema numérico árabe, era uma lacuna vazia. 

Da Babilônia em diante, o número e seu conceito começou a se espalhar ao redor do mundo, chegando na Grécia por volta do século IV a.C., provavelmente durante a volta de Alexandre O Grande após sua conquista do Império Babilônico em 331 a.C.

Contudo, a primeira evidência escrita do número zero, como já mencionado, foi encontrada na Índia. Lá, o conceito era conhecido como “sunya” e usado em cálculos matemáticos. Isso, por vez, comprova que os matemáticos de lá observavam o zero como um número único, se distanciando do conceito de uma lacuna em branco concebida pelos babilônicos. 

O seu conceito foi traduzido em palavras pelo matemático Brahmagupta, que escreveu em 628 d.C., que “quando zero é adicionado a um número ou subtraído de um número, o número permanece inalterado; e um número multiplicado por zero torna-se zero”. 

zero
Foto de the blowup na Unsplash

Introdução na atualidade

A figura oca e oval que agora identificamos como o zero foi introduzida no mundo ocidental no século 13, pelo matemático Fibonacci. O especialista, então, adicionou o zero indo-árabe em seu texto Liber Abaci, publicado em 1202. 

O entendimento do nada dentro do zero

De acordo com o cientista cognitivo Andreas Nieder, existem quatro passos psicológicos para o entendimento do zero. Isso se deve ao fato de que o número, embora importante e presente no abstrato, não possui um elemento físico que o represente, afinal, ele significa o nada. 

  • 1º passo: ter a experiência sensorial de estímulos entrando e saindo, como uma luz ligando e desligando; 
  • 2º passo: compreensão comportamental, creditada como a falta de estímulos e a reação dessa falta; 
  • 3º passo: reconhecimento de que o zero vale menos que um; 
  • 4º passo: ler a ausência de um estímulo e tratá-la como um símbolo e uma ferramenta lógica para resolver problemas.

Nieder também acredita que os três primeiros passos para esse entendimento podem ser ensinados até para os animais. Espécies como abelhas e macacos, por exemplo, já conseguiram passar por essas etapas para a compreensão do número. Entretanto, o último passo é reservado apenas para seres humanos, por ser uma ideia mais hipotética que sensorial. 

Mesmo assim, contudo, entender o nada representado pelo numeral, ainda pode ser complicado para algumas pessoas. De acordo com um estudo de 95, alguns adultos demoram alguns momentos a mais para reconhecer o número zero em comparação com outros numerais.

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O lado obscuro da matemática

A importância do zero 

Os romanos na antiguidade não possuíam um número para contextualizar o nada. Isso se dá, principalmente, porque o zero não é importante para a contagem — é impossível contar o nada, uma vez que ele não existe. Porém, na atualidade, ele não só é utilizado na matemática como um número de extrema importância, ele também para o sistema usado para escrever números, chamado notação posicional. 

Ele também é essencial na computação, sendo um dos dois elementos necessários para o código binário, representado por 0 e 1 e que é responsável por todo o sistema desses aparelhos eletrônicos. 

Mesmo sendo uma representação do “nada”, o zero é incrivelmente presente na vida humana, possibilitando a matemática e o resto do mundo em que vivemos. 


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