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Pesquisas indicam que vulcões, até mesmo os inativos, liberam uma quantidade significativa de gases do efeito estufa na atmosfera

Os vulcões são estruturas geológicas caracterizadas pela liberação de cinzas, gases, vapor e lava. Estritamente falando, o termo vulcão significa a abertura de onde o magma e outras substâncias irrompem para a superfície, entretanto, ele é comumente associado ao relevo criado pelo acúmulo de lava solidificada e detritos vulcânicos. (1)

Embora sejam mais conhecidas por serem características geológicas da Terra — contribuindo para a criação de até 80% da superfície do planeta —, essas formações ocorrem, também, em outros planetas e satélites e no fundo do mar.

vulcão mauna loa
Mauna Loa: o maior vulcão ativo da Terra

O que causa um vulcão? 

Segundo a National Geographic, a maioria dos vulcões é formada ao longo dos limites das placas tectônicas. Quando as placas tectônicas colidem, uma delas geralmente mergulha abaixo da outra, no que é conhecido como zona de subducção.

À medida que isso ocorre, a temperatura e a pressão aumentam, libertando água das rochas. A água reduz o ponto de fusão da rocha, formando o magma. Quando o magma atinge a superfície terrestre, ele é chamado de lava, cujo acúmulo é responsável pela criação das estruturas vulcânicas.

No entanto, nem todos os vulcões são uma resposta à zona de subducção. De fato, algumas dessas estruturas são formadas em ilhas vulcânicas. Nesse caso, uma área de alta atividade vulcânica no meio de uma placa tectônica pode subir através da crosta para formar um vulcão. 

Classificação 

Ao todo, os vulcões podem ser classificados em três categorias distintas: ativos, dormentes ou extintos. 

  • Ativos: vulcões ativos possuem um histórico de erupções vulcânicas recentes e podem entrar em erupção novamente.
  • Dormentes: um vulcão dormente não entrou em erupção vulcânica por muito tempo, mas pode entrar em erupção em um futuro próximo. 
  • Extintos: vulcões extintos não entram em erupção.

Quantos vulcões existem? 

Estima-se que existam cerca de 1.350 vulcões ativos no mundo inteiro, sem contar aqueles localizados abaixo do oceano, com a maior concentração ocorrendo ao redor do Oceano Pacífico. Cerca de 500 desses vulcões entraram em erupção nos últimos 100 anos, contribuindo para diversos impactos socioambientais em localizações próximas. 

Adicionalmente, os Estados Unidos é o país que mais contém esse tipo de estrutura geológica, contabilizando 165 de todos os vulcões do mundo. 

O que causa uma erupção vulcânica? 

Existem dois principais motivos para a erupção de um vulcão: a movimentação de placas tectônicas ou através do acúmulo de magma encontrado em câmaras magmáticas. O magma é o principal responsável pela erupção dos vulcões. Ele é composto por cristais, gás dissolvido e rochas fundidas feitas de oxigênio, silício, alumínio, ferro, magnésio, cálcio, sódio, potássio, titânio e manganês.

Sendo mais leve que as rochas vulcânicas do interior da Terra, o magma é impulsionado em direção à superfície por sua flutuabilidade. Em conjunto com a pressão dos gases de sua composição, esse fenômeno força o magma para cima, possivelmente rompendo áreas fracas na crosta terrestre.

Algumas erupções vulcânicas são explosivas, enquanto outras ocorrem como um fluxo lento de lava. As erupções podem ocorrer através de uma abertura principal no topo do vulcão ou através de fissuras que se formam em suas laterais.

vulcão em erupção
Foto de Alain Bonnardeaux na Unsplash

Os perigos oferecidos pelos vulcões

Existe uma longa lista de perigos associados a erupções vulcânicas, como: fluxos de lava, explosões, nuvens de gases tóxicos, quedas de cinzas, fluxos piroclásticos, avalanches, tsunamis e fluxos de lama. Todos esses riscos dependem do tipo de erupção. 

Em caso de fluxos de lava, por exemplo, o material pode causar a destruição de imóveis, outras estruturas circundantes e plantações. Porém, por ser um processo relativamente lento, raramente oferece riscos à saúde. 

Por outro lado, fluxos piroclásticos — avalanches quentes de rochas, cinzas e gás que descem pelas encostas dos vulcões em alta velocidade — podem ser muito perigosos. As cinzas resultantes dessas erupções podem causar problemas respiratórios devido à presença de sílica cristalina em sua composição, um material que causa uma doença respiratória chamada silicose.

Similarmente, pessoas com condições respiratórias subjacentes, como a asma, podem ter dificuldade em respirar a partir da inalação das cinzas. 

Qual é a importância de um vulcão?

Embora os vulcões ofereçam uma ampla variedade de riscos socioambientais devido à sua capacidade destrutiva, essas formações também podem afetar a humanidade de forma benéfica. Isso se deve ao fato de que o vulcanismo proporciona belas paisagens, solos férteis, depósitos minerais valiosos e energia geotérmica. 

Similarmente, ao longo do tempo geológico, os vulcões reciclam a hidrosfera e a atmosfera da Terra.

Usado como conservante em vinhos, dióxido de enxofre pode causar reações alérgicas

A associação entre gases do efeito estufa e os vulcões 

As emissões vulcânicas de aerossóis possuem uma grande influência no clima terrestre. De fato, as emissões de dióxido de enxofre provenientes de um vulcão podem reagir com a água da atmosfera, criando o ácido sulfúrico. Além disso, quando são emitidas com força suficiente para atingir a estratosfera, o ácido pode formar uma névoa de gotículas líquidas, que refletem a luz solar e resfriam a Terra.

Um exemplo do fenômeno ocorreu em 1993, quando especialistas observaram que a Terra estava mais fria do que o normal. Acredita-se que isso foi uma consequência da erupção do Monte Pinatubo nas Filipinas em 1991.

Entretanto, essa não é a única contribuição dos vulcões nas emissões de gases do efeito estufa. Segundo uma pesquisa de 2023, vulcões não em erupção liberam emissões de enxofre até três vezes maiores do que se acreditava anteriormente.

“Não são boas ou más notícias para o clima. Mas se quisermos compreender o quanto o clima irá aquecer no futuro, será útil ter melhores estimativas para os aerossóis”, disse Ursula Jongebloed, autora do estudo.

A descoberta apresenta um potencial benéfico para modelos do clima do passado, presente e futuro. Se o nível natural de emissões for mais elevado, isto poderá significar que o aumento e a diminuição das emissões humanas de sulfato tiveram um efeito mais limitado sobre a temperatura do que se acreditava anteriormente.


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