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Rudinei Toneto destaca os reflexos do mercado externo no interno, em que a população acaba pagando o preço estipulado internacionalmente. Isso pode afetar diretamente os gastos dos brasileiros ao comprar carne, por exemplo

Por Letícia Naome em Jornal da USP O mercado mundial de commodities movimenta bilhões de dólares todos os anos. O Brasil é um dos maiores produtores desse setor, com a venda de produtos como a soja, minério de ferro e carne bovina. De acordo com o Boletim Trimestral da Balança Comercial Brasileira, do terceiro trimestre, o Brasil exportou mercadorias no valor de US$ 24,6 bilhões.

Um desestímulo a essa atividade pode afetar o PIB e o crescimento econômico do País. Os embargos sanitários instaurados pela China ao mercado de carnes brasileiro, por exemplo, afetaram a quantidade de exportações desse produto e contribuíram para o recuo de 16,9%, da quantidade vendida pelo Brasil ao exterior, também conforme o mesmo.

Mesmo em cenário pandêmico, a atividade tem ganhos significativos, resultado do superávit comercial — as exportações foram maiores que as importações. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Rudinei Toneto Júnior, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP), explicou que “os preços de commodities subiram e a taxa de câmbio permaneceu muito desvalorizada”. 

Como o mercado de commodities afeta a sua vida?

O mercado de commodities é essencial para o crescimento econômico. No entanto, a questão levantada é se isso pode interferir de algum modo na vida do cidadão.

Conforme o professor, quando os preços das commodities estão altos lá fora, “o brasileiro paga internamente o mesmo que o produtor ganharia vendendo no exterior”. Essa alta pode afetar diretamente os gastos na mesa dos brasileiros, por exemplo, ao comprar carne. Outro ponto a se destacar é que, com a taxa de câmbio alta, é preferível aos grandes produtores exportar — o que reduz a quantidade de produtos no mercado interno e os encarece ainda mais.

Toneto destaca também que, “por causa de problemas sanitários, outras commodities podem ter restrições por questões ambientais e sobrar mais no mercado doméstico. Então, pode ter um impacto positivo sobre a ampliação, mas em função de um dado negativo da economia brasileira”.

As relações entre o mercado nacional e internacional podem gerar um dinamismo em regiões e setores específicos. “Se a economia internacional está aquecida, está crescendo bastante, o fluxo de comércio do País com o exterior tende a aumentar”, ressalta o professor. Isso gera uma cadeia em cascata que pode chegar até o trabalhador. “Se o preço da soja cresce, se aumenta exportação da soja, isso vai rebater na venda de tratores, isso vai rebater na venda de insumos para agricultura, os trabalhadores desse setor vão gerar um dinamismo maior nas regiões em que eles vivem”, exemplifica.


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