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O secretário-geral da ONU participou do lançamento do primeiro relatório do Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre a emissão de gases de efeito estufa. O documento prevê recomendações para entidades e governos traçarem metas realistas para zerar emissões

Por Nações Unidas Brasil | Na ocasião, Guterres defendeu a tolerância zero à prática de greenwashing e declarou que o novo relatório é um guia prático para aumentar a credibilidade e reduzir o excesso de confusões relacionadas às metas para zerar emissões.

Guterres também participou no mesmo dia de uma reunião com líderes mundiais e da ONU, agências de financiamento, empresas de tecnologia e o setor privado, onde deu detalhes sobre o seu plano para garantir que todos no planeta estejam protegidos por sistemas de alerta precoce de eventos climáticos extremos nos próximos cinco anos. 

Crianças voltam para casa em água contaminada da enchente no Paquistão.
Legenda: Crianças voltam para casa em água contaminada da enchente no Paquistão.Foto: © Saiyna Bashir/UNICEF

O secretário-geral da ONU, António Guterres, esteve no lançamento do primeiro relatório do Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre a emissão de gases de efeito estufa terça-feira passada (8). O encontro acontece no âmbito da conferência climática COP27, em Sharm el-Sheikh, Egito.

O chefe das Nações Unidas disse que o documento é um guia prático e confiável para garantir o cumprimento dos compromissos de zerar a emissão líquida de gases de efeito estufa. Ele também aproveitou a ocasião para defender uma política de tolerância zero ao que chamou de “greenwashing na neutralização de emissões”, termo utilizado para referir-se a prática na qual governos, companhias, e organizações adotam discursos sustentáveis e ambientalmente corretos, porém não implementam na prática ações que sejam realmente eficazes. 

O relatório critica o greenwashing, uma vez que o público pode ser induzido a acreditar que uma empresa ou entidade está fazendo mais para proteger o meio ambiente do que de fato está. De acordo com os especialistas, líderes e entidades não podem alegar ser “zero líquido” enquanto continuam a construir ou investir em novos fornecimentos de combustíveis fósseis ou qualquer tipo de atividade ambientalmente destrutiva. Eles também não podem participar ou fazer com que seus parceiros participem de atividades de lobby contra as mudanças climáticas.

Credibilidade – No ano passado, na COP26 em Glasgow, Guterres anunciou que nomearia um grupo de especialistas para tratar do “excesso de confusão e déficit de credibilidade” sobre metas de zerar emissões em entidades não estatais.

O primeiro relatório do grupo é resultado de intenso trabalho e consultas ao longo de sete meses e reflete a contribuição de 17 especialistas selecionados pelo chefe da ONU.

Por meio de 10 recomendações práticas, o relatório fornece clareza em quatro áreas-chave definidas pelo secretário-geral das Nações Unidas: integridade ambiental, credibilidade, responsabilidade e o papel dos governos.

Confira todas as recomendações, conforme explicadas por Guterres, aqui.

Sistema de alerta – Também na terça-feira, o secretário-geral da ONU divulgou os detalhes de seu plano para garantir que todos no planeta estejam protegidos por sistemas de alerta precoce de eventos climáticos extremos nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito durante uma reunião com líderes mundiais e da ONU, agências de financiamento, empresas de tecnologia e o setor privado.

O Plano Executivo de Ação para a iniciativa Early Warnings for All (Alerta Precoce para Todos, em tradução livre), prevê novos investimentos iniciais de US$ 3,1 bilhões entre 2023 e 2027. O total equivale a 50 centavos por pessoa por ano.

O valor representa uma pequena fração, cerca de 6%, dos US$ 50 bilhões solicitados em financiamento de adaptação, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A agência da ONU e seus parceiros elaboraram o plano, que foi apoiado por uma declaração conjunta assinada por 50 países.

Guterres alertou que as pessoas que mal contribuíram para a crise climática são as que correm maior risco e as menos protegidas. Segundo ele, comunidades vulneráveis “​​estão sendo surpreendidas por desastres climáticos em cascata sem qualquer meio de alerta prévio”.

O chefe da ONU citou ainda populações na África, no sul da Ásia, na América do Sul e Central e os habitantes de pequenos Estados insulares que têm 15 vezes mais chances de morrer de desastres climáticos. Ele lembrou que esses fenômenos deslocam três vezes mais pessoas do que a guerra, e que “a situação está piorando”.


Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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