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“Eles Fazem Dança Contemporânea” estreia nesta quinta-feira, dia 20, às 19h30, com entrada gratuita

Por Jornal da USP Os ruídos e tensões envolvidos nas incursões de corpos negros na dança contemporânea são discutidos no novo trabalho de Leandro Souza, que assina a criação e interpretação do espetáculo Eles Fazem Dança Contemporânea. O solo, apresentado pelo Teatro da USP (Tusp), em parceria com o Centro Universitário Maria Antonia da USP, estreia nesta quinta-feira, dia 20, e faz curta temporada, até o dia 30 janeiro, de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18 horas, com entrada gratuita.

Após ganhar o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) por sua interpretação em Sismos e Volts, o bailarino se desdobra no novo espetáculo entre o entrelaçamento da fala, corpo e objeto, a partir de uma lógica de repetição, sobreposição e transformação contínuas de ações, movimentos e produção de imagens. A inspiração vem da performance e das artes visuais – presente também no cenário, que reproduz o tradicional cubo branco de galerias de arte.

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Há algum tempo, Souza busca em outras linguagens, além da dança, desafios e respostas para suas inquietações. Segundo ele informa no material de divulgação, “somente a ideia de dança, entendida como realização exclusiva do movimento corporal organizado ritmicamente no tempo e espaço, não daria conta dessas questões”. E complementa “este trabalho também trata dessa tentativa de não se prender a conceitos pre-estabelecidos. Eu quero falar sobre os riscos e a potência de ser artista negro e fazer dança diante de uma paisagem tomada de demandas por representatividade, questões sobre apropriação cultural e anseio pela descolonização da produção de arte e conhecimento, que nos desafia a repensar o como viver juntos considerando, não apenas nossas similaridades, mas também nossas divergências”.

Além disso, o bailarino quer discutir como é ser um artista negro de dança contemporânea na cidade de São Paulo. “Existem muitas expectativas e idealizações no imaginário da nossa sociedade de como corpos negros devem ou deveriam dançar. Os corpos negros só podem circular alguns lugares estabelecidos por um lógica colonial (a lógica do recinto fechado como bem fala Achille Mbembe). Sei que esse trabalho só arranha o tema e não elucida nenhuma dúvida, só levanta questões que precisam ser faladas. Ao mesmo tempo, há uma necessidade e um desejo das amplas e diversas populações negras afrodescendentes de valorizar, afirmar e ressignificar modos de fazer e pensar cultura e arte, que por séculos tem sido marginalizadas e vilanizadas”, aponta.

“Nos dias atuais, a perseguição a esses modos de existências tem sido acirrados cada vez mais. Entretanto, a diáspora produziu uma infinidade de negritudes que nem sempre podem ser alinhavadas harmonicamente. Como artista, eu penso que a divergência e uma certa crítica e desobediência a mecanismos totalizadores é fonte de riqueza e não enfraquecimento. Em termos de arte, eu me interesso por essa negritude que escapa e nos dribla quando tentamos agarrá-la, domá-la e submetê-la às nossas boas ou más intenções.”, questiona o bailarino.

O espetáculo de dança Eles fazem dança contemporânea estreia nesta quinta-feira, dia 20, na Sala Multiuso do Centro Universitário Maria Antonia da USP (r. Maria Antonia, 258, Vila Buarque). A temporada vai até 30 de janeiro, com apresentações de quinta a sábado, às 19h30, e domingos às 18 horas (obrigatório uso de máscara de proteção individual e apresentação de carteira de vacinação contra covid-19). Grátis, com ingressos via Sympla. Mais informações pelo tel. (11) 3123-5222.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Centro Universitário Maria Antonia da USP.


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