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A plasticose é uma doença fibrótica comum em pássaros que consomem microplástico

A plasticose é uma doença que afeta pássaros marinhos, causada pelo consumo de microplásticos. Apesar de não existirem casos de plasticose em seres humanos, a condição representa uma possível ameaça à vida de espécies animais. E também indica futuros problemas de saúde enfrentados pela humanidade em decorrência da superprodução do plástico. 

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O que é plasticose?

Plasticose é um tipo de doença fibrótica que atinge, em sua maioria, pássaros marinhos. Ela é causada pelo acúmulo excessivo de cicatrizes em regiões inflamadas do corpo. O consumo de plástico é o principal culpado pela formação dessas cicatrizes. Afinal, o microplástico ingerido machuca o estômago do animal, formando pequenas feridas.

Com o tempo essas feridas inflamam para que possam cicatrizar. Entretanto, quando o animal continua ingerido microplástico as lesões são abertas repetidamente, formando o acúmulo de cicatrizes e inflamações. Elas, consequentemente, se tornam um grande tecido cicatrizado que reduz a flexibilidade do órgão e causa mudanças na sua estrutura.

A plasticose foi descoberta por um grupo de cientistas australianos, do Adrift Lab, que identificaram a condição de pássaros marinhos nativos da costa australiana. De acordo com os pesquisadores, as cagarras-do-pacífico, aves analisadas pela pesquisa, são a espécie aviária mais contaminada por microplástico no mundo. Isso porque esses animais confundem as pequenas partículas do material com alimento. 

Quais os impactos da plasticose?

Com o tempo, e o consumo constante de microplástico, o sistema digestivo desses animais começa a perder tecido gradativamente. Isso faz com que as aves fiquem mais suscetíveis a inflamações, infecções e parasitas. Além de impactar a sua habilidade de absorver vitaminas. 

As cicatrizes presentes na região também fazem com que o estômago se torne mais duro, menos flexível. Consequentemente, ele deixa de ser capaz de digerir o alimento. Esses impactos são piores para os filhotes, que têm sistemas digestivos enfraquecidos e sensíveis. Em casos extremos, as aves morrem de fome pelo plástico acumulado no corpo que não permite digestão.

Os pesquisadores do Adrift Lab apontam que mesmo que esses pássaros consumam outros objetos não comestíveis, o microplástico é o único que causa impactos negativos no organismo do animal. Eles também afirmam que mesmo que a doença só tenha sido identificada em aves, existe a possibilidade de outras espécies terem. Afinal, a poluição gerada pelo plástico tem se tornado um problema cada vez maior.

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O que pode ser feito para evitar o avanço da plasticose?

Uma forma de evitar que espécies animais desenvolvam plasticose é reduzindo consideravelmente a produção e descarte indevido de plástico. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de oito milhões de toneladas do material são descartados no oceano. Esse fator impacta a vida das centenas de milhares de espécies que vivem nesses ecossistemas.

Por isso é essencial que nações, governos e grandes empresas se reúnam em prol de reduzir o consumo de plástico em todo o planeta. Você também pode ajudar fazendo o descarte correto de resíduos plásticos e evitando usar esse material no dia a dia, utilizando alternativas biodegradáveis e recicláveis. 


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