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Em uma declaração coletiva, os líderes dos museus afirmam que têm a "responsabilidade de falar abertamente sobre a crise climática e da biodiversidade"

No cenário cultural britânico, um novo capítulo se inicia à medida que museus e galerias nacionais e regionais, de Birmingham a Londres, unem suas vozes e forças para enfrentar a crise climática. Recentemente, representantes de museus, organizações do setor e financiadores se reuniram na renomada Tate Modern, em Londres, para o primeiro Museum Cop do Reino Unido. Esta iniciativa não apenas sinaliza uma mudança de paradigma, mas também simboliza um compromisso conjunto para lidar com as questões que envolvem a crise climática.

Nos últimos anos, museus de renome, como a Tate, reconheceram a necessidade de romper laços com empresas de combustíveis fósseis, em resposta às crescentes pressões dos defensores do meio ambiente. O Museu Britânico, por exemplo, anunciou recentemente o fim de seu acordo de patrocínio de 27 anos com a  British Petroleum Company (BP). Embora não tenha participado do Museum Cop, essa ação reflete uma mudança no cenário cultural e demonstra um compromisso crescente com a sustentabilidade.

Em uma declaração coletiva, os líderes dos museus afirmam que têm a “responsabilidade de falar abertamente sobre a crise climática e da biodiversidade”. Com uma perspectiva de longo prazo e a missão de preservar coleções e histórias para as gerações futuras, essas instituições culturais reconhecem a necessidade ética de agir para mitigar os impactos negativos em curso.

Os museus do Reino Unido se comprometeram a utilizar suas coleções, programas e exposições como ferramentas para conscientizar o público sobre a crise climática e motivá-lo a agir de maneira construtiva. Além disso, eles se comprometeram a gerenciar suas coleções de forma sustentável, desenvolver e implementar planos de descarbonização e aumentar a biodiversidade nos espaços verdes dos museus.

Maria Balshaw, presidente do Conselho de Diretores de Museus Nacionais e diretora da Tate, enfatizou a singularidade dos museus como instituições de visão de longo prazo e como agentes de mudança. Ela afirmou que “a conferência acordou uma série de ações vitais para reduzir o impacto ambiental dos museus e mostrar como eles podem inspirar ações positivas para o nosso público”.

Nick Merriman, diretor executivo do Horniman Museum and Gardens, em Londres, e presidente do Museum Cop, destacou o papel especial dos museus no debate sobre a crise climática e a biodiversidade. Ele observou que os museus podem adotar uma visão de longo prazo, que transcende os ciclos políticos e econômicos de curto prazo, e salientou a importância do setor cultural como uma força coletiva para ação.

A conferência instou os políticos e as empresas britânicas a acelerar as ações de combate às mudanças climáticas “antes que seja tarde demais”. Recomendou mudanças urgentes nas leis de planejamento e um aumento de investimentos para garantir a sustentabilidade dos edifícios históricos. Além disso, a conferência enfatizou a importância de que todos os museus adotem o princípio de escolher a opção mais ecológica em todas as áreas de atuação e de incluir a sustentabilidade ambiental em treinamentos e programas de aprendizado no setor cultural.

Este esforço conjunto dos museus britânicos representa um passo importante na direção certa, mostrando que essas instituições não estão apenas comprometidas com a preservação da cultura, mas também com a proteção do planeta. Com o setor cultural desempenhando um papel vital na conscientização pública, a iniciativa pode inspirar ações positivas e fornecer uma base sólida para um futuro mais sustentável.

Fonte: The Guardian


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