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Pedro Romero Marques mostra que o Plano de Recuperação Verde na Amazônia Legal pode gerar, em média, um impacto de R$ 1,9 bilhão num primeiro momento

O Plano de Recuperação Verde da Amazônia Legal, lançado de julho deste ano, surgiu com o objetivo de enfrentar a crise econômica na região. A partir dele, foi desenvolvido um estudo para estimar os impactos do novo modelo de produção com a implantação do projeto. De acordo com o estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made) da FEA-USP, o impacto inicial do plano será de R$ 1,9 bilhão e gerará cerca de 208 mil empregos. Pedro Romero Marques, doutorando em Economia pela FEA-USP e pesquisador do Made, explica algumas questões relacionadas ao estudo e à instalação no plano na Amazônia Legal ao Jornal da USP no Ar 1° Edição.

“O Plano de Recuperação Verde é uma iniciativa do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal para transição à economia e produção de baixo carbono, uma tendência vista nos últimos anos no mundo inteiro”, introduz Marques. Nesta primeira fase do plano, os recursos serão alocados em quatro eixos específicos: combate ao desmatamento, desenvolvimento produtivo e sustentável na região, tecnologia verde e capacitação da mão de obra e infraestrutura verde.

Marques ressalta que o plano da Amazônia deve ser visto como um plano de desenvolvimento nacional, uma vez que o desmatamento e a agricultura da região amazônica são as principais fontes de emissão de carbono no Brasil. “Com o estudo, a gente tenta estimar os impactos que os investimentos nos eixos do projeto podem gerar no emprego e na produção da região”, explica. O método busca identificar como cada setor da região contribui para a produção do outro. “A partir disso, a gente consegue medir o impacto que um investimento em algum setor terá na produção total da região”, complementa. O estudo mostra que o Plano de Recuperação Verde pode gerar, em média, um impacto de 1,9 bilhão e gerar cerca de 208 mil empregos na região nessa primeira fase.

De acordo com Marques, o plano tem como foco o incentivo à bioeconomia a partir do eixo de desenvolvimento produtivo e sustentável da região. “Um exemplo de cadeia produtiva mais expressiva da bioeconomia é a do açaí. A região amazônica tem a totalidade de produção de açaí no Brasil e é a partir dessa estrutura já existente de uso das florestas sem desmatamento ou expansão da fronteira agrícola e preocupada com as comunidades locais que o plano pretende ampliar”, explica. Ele também lembra que a implementação do plano está na fase inicial e que, ao longo do planejamento, irá alimentar ainda mais o impacto ao longo do tempo.


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