Reunidos em Nairóbi, líderes concordaram em implantar medidas contra a poluição e para fomentar a produtividade econômica inclusiva e sustentada
Ministros do Meio Ambiente de todo o mundo acordaram na última quarta-feira (6), durante a Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA, na sigla em inglês), em Nairóbi, no Quênia, 14 medidas para prevenir, reduzir e gerenciar a poluição do ar, da terra e do solo, da água doce e dos oceanos, entre as quais destaca-se o fortalecimento e aplicação de políticas mais integradas.
Em uma declaração ministerial na terceira edição do evento, UNEA-3, mais de 100 ministros se comprometeram nesta tarde em Nairóbi a combater a poluição com medidas específicas, a partir da aceleração da aplicação de acordos ambientais e promoção de cooperação entre os acordos multilaterais, convenções, regulamentos e programas existentes para prevenir, controlar e reduzir a poluição.
Desde 2014, a ONU realiza a Assembleia Ambiental, que é a mais importante plataforma das Nações Unidas para a tomada de decisões sobre o tema e marcou o início de um período em que o meio ambiente é considerado problema mundial – colocando, pela primeira vez, as preocupações ambientais no mesmo âmbito da paz, segurança, finanças, saúde e comércio. Em sua primeira edição, a UNEA reuniu mais de 160 líderes de alto nível.
Produtividade inclusiva
Após três dias de intensos debates em Nairóbi, os líderes acordaram também fomentar a produtividade econômica inclusiva e sustentada, a inovação, a criação de emprego e as tecnologias ecologicamente racionais.
Os governos presentes à UNEP-3 asseguraram também que promoverão estilos de vida e modalidades de consumo e produção mais sustentáveis. Além disso, devido a uma das preocupações refletidas na assembleia corresponder à poluição química, os ministros se comprometeram também a impulsionar políticas e enfoques encaminhados à gestão meio ambiental racional dos produtos químicos e dos resíduos.
Também prometeram seguir desenvolvendo e ampliando as alianças entre os governos, o setor privado, os círculos acadêmicos, os organismos e programas pertinentes das Nações Unidas, os povos indígenas e as comunidades locais, a sociedade civil e as pessoas.
No entanto, apontaram que a luta contra a poluição “não é responsabilidade exclusiva dos governos nacionais”, e reivindicaram “o compromisso e a liderança” do setor privado, das organizações internacionais, da sociedade civil e das pessoas no geral.
Sobre a base dos resultados do terceiro período de sessões da UNEA-3, os signatários pediram ao diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente que apresente, em consulta com o Comitê de Representantes Permanentes, um plano de aplicação, no mais tardar na próxima assembleia.