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Segundo Roberto Costa, “o que as grandes agências espaciais estão fazendo é desenvolver tecnologias para que, no futuro, caso seja necessário, já existam números para começar a tomar providências”

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Por Walace de Jesus em Jornal da USP Diariamente o planeta Terra é atingido por mais de uma tonelada de fragmentos de asteroides e cometas. Eles são responsáveis pelos efeitos luminosos que enxergamos na atmosfera terrestre e são chamados de meteoros. Popularmente também recebem o nome de estrelas cadentes. Mas será que asteroides e meteoros representam algum perigo iminente para a vida na Terra?

Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, explica que objetos espaciais maiores de 1 quilômetro de diâmetro têm riscos de impacto global. “Sorte nossa que a Terra é um alvo pequeno e esses objetos na faixa do quilômetro de diâmetro adiante são conhecidos e monitorados”, esclarece Costa. Inclusive, no começo de dezembro, a Nasa inaugurou um novo sistema de monitoramento de asteroides: o Sentry-II.  “As colisões não são surpresas porque elas ocorrem todos os dias e centenas de vezes ao dia”, responde Costa.

Costa explica que uma categoria bastante monitorada é a dos Near-Earth Objects (NEOs), em tradução, Objetos Próximos da Terra. Esses objetos recebem esse nome porque passam próximos à órbita da Terra, em termos astronômicos. Um exemplo recente divulgado pela Nasa é o da rocha espacial 2013 YD48, com 104 metros de diâmetro e que deve se aproximar da Terra na próxima terça-feira (11). A distância do objeto em relação à Terra será de 5,6 milhões de quilômetros. De acordo com a Nasa, objetos espaciais que ultrapassem um raio inferior a 7,5 milhões de quilômetros da órbita terrestre são potencialmente perigosos. 

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DESVIO DE ASTEROIDES?

Em novembro, a Nasa lançou um foguete para colidir com um asteroide. A missão recebeu o nome de Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (Dart) e, de acordo com Costa, busca validar a tecnologia de desvio de órbita a partir de uma colisão. “O que as grandes agências espaciais estão fazendo agora é desenvolver tecnologias para que, no futuro, caso seja necessário, já existam números para começar a tomar providências”, analisa. 

O objetivo é atingir a pequena lua Dimorphos do asteroide Didymos, próximo à Terra. “O objeto já foi escolhido justamente porque não implica nenhum risco e, caso a colisão gere alteração de rota, o que se espera, também não vai colocá-lo em nenhuma rota perigosa”, comenta Costa. Ele também destaca que a apuração dos resultados da missão deve demorar alguns anos. O foguete deve chegar ao asteroide-duplo em setembro deste ano e os resultados do teste serão examinados para comprovar se houve mudança na rota ou não, com previsão de conclusão a partir de 2027. “Tem que ter paciência e esperar”, destaca.


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