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Em 123 países e territórios, o WFP apoia comunidades que enfrentam alguns dos piores impactos de eventos climáticos extremos para construir sua resiliência em um clima em constante mudança

Por Nações Unidas Brasil | Aproveitando que os líderes estão reunidos em Sharm el-Sheikh, no Egito, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) de 2022, o Programa Mundial de Alimentos (WFP) está pedindo uma ação urgente para impedir que a crise global de fome seja muito agravada pelas mudanças climáticas.

Usando três eixos de ação, o WFP pede que líderes foquem seus esforços em sistemas de antecipação de eventos extremos, equilibrem os investimentos em adaptação climática priorizando comunidades mais vulneráveis e que estão na linha de frente, além de uma transformação urgente dos sistemas alimentares.

A crise climática está levando cada vez mais pessoas para a beira do abismo em um ano de fome sem precedentes. Ondas de calor, secas, inundações e tempestades estão aumentando em intensidade e frequência, impactando a capacidade das pessoas de alimentar suas famílias.

Em locais como o Iêmen, a Somália e a República Democrática do Congo, onde os impactos climáticos se somam aos conflito, a fome é uma ameaça sempre presente.

Aproveitando que os líderes estão reunidos em Sharm el-Sheikh, no Egito, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) de 2022, o Programa Mundial de Alimentos (WFP) está pedindo uma ação urgente para apoiar aqueles que estão na linha de frente da emergência climática através de três eixos prioritários:

1. Antecipação – Desde inundações devastadoras no Paquistão, que afetam uma em cada sete pessoas no país, até secas consecutivas empurrando as pessoas para a beira da fome no Chifre da África, eventos climáticos extremos estão acontecendo em todas as regiões do mundo.

As comunidades precisam de soluções para se proteger e proteger sua capacidade de acessar alimentos. Os líderes globais precisam investir em sistemas que prevejam os riscos climáticos e forneçam proteção física e financeira aos mais vulneráveis.

Antes das recentes inundações no Nepal, por exemplo, o WFP lançou seu  programa de ação antecipatória – que usa sistemas de alerta para garantir ações antes de desastres ocorrerem – transferindo dinheiro para mais de 15 mil pessoas em três dos distritos mais atingidos. Os fundos ajudaram as comunidades a se prepararem para as enchentes, se protegerem e evitarem perdas e danos, por exemplo, comprando alimentos, reforçando casas ou movendo pessoas vulneráveis para terrenos mais altos.

2. Equilíbrio de investimentos – Aqueles que vivem na linha de frente das mudanças climáticas muitas vezes também são impactados por conflitos, deslocamentos e desigualdades sociais. Essas comunidades precisam de mais apoio, mas recebem menos. Nos últimos sete anos, países considerados não fragilizados receberam 80 vezes mais financiamento climático por pessoa do que países extremamente fragilizados.

Para enfrentar a crise climática e garantir que todos tenham comida suficiente para comer, devemos priorizar ações e financiamentos para áreas vulneráveis e atingidas por conflitos, apoiando as comunidades a se adaptarem a um clima em mudança, ao mesmo tempo em que construímos a paz.

Os projetos do WFP se concentram em ambos. Por exemplo, na Somália, no início deste ano, sabendo que o país continuaria a ser tomado por uma seca extrema, o WFP trabalhou com o governo para entregar mensagens antecipadas de alerta a 1,2 milhão de pessoas. O WFP também apoiou 17 mil pessoas vulneráveis que vivem em áreas remotas com transferências de dinheiro, para proteger suas vidas e meios de subsistência.

À medida que a Somália enfrenta a ameaça iminente de fome em partes do país, priorizar a ação climática para as comunidades mais vulneráveis é mais importante do que nunca.

Huawa, de 37 anos, na frente de sua casa em Gigir, na Nigéria, destruída por inundações em outubro – eventos climáticos extremos destroem plantações e interrompem o acesso das pessoas à comida.
Legenda: Huawa, de 37 anos, na frente de sua casa em Gigir, na Nigéria, destruída por inundações em outubro – eventos climáticos extremos destroem plantações e interrompem o acesso das pessoas à comida. Foto: © Arete/Khalid Abdulsalam Hamza/WFP

3. Transformar sistemas alimentares – As atividades de produção, processamento e transporte de alimentos para nossas mesas não são equitativas ou sustentáveis. Por um lado, eventos climáticos extremos causam destruição em todos os sistemas alimentares; por outro, os sistemas alimentares são os principais contribuintes para o aquecimento global. Agricultura, transporte e culinária contribuem com emissões significativas e prejudiciais que estão elevando a temperatura do nosso planeta.

A falta de diversidade em nossos sistemas alimentares, a dependência de práticas poluentes e a exposição a rupturas como conflitos, estão ameaçando a segurança alimentar global. Um recorde de 345 milhões de pessoas em 82 países atualmente enfrentam fome aguda – contra 282 milhões no início do ano.

Isso não precisa ser uma espiral descendente. Sabemos que o mundo tem comida suficiente para todos se fosse simplesmente distribuída equitativamente. Também temos conhecimento, tecnologia e soluções inovadoras para reverter a relação negativa entre sistemas alimentares e mudanças climáticas.

WFP – Em 123 países e territórios, o WFP apoia comunidades que enfrentam alguns dos piores impactos de eventos climáticos extremos para construir sua resiliência em um clima em constante mudança.

Trabalhamos com os governos locais para antecipar os riscos climáticos antes que eles se transformem em desastres, restaurar ecossistemas e infraestruturas degradados, proteger os mais vulneráveis com redes de segurança financeira e dar às pessoas novas oportunidades de cultivar, cozinhar e alimentar suas famílias por meio do acesso à energia limpa.

Em cinco países da região do Sahel na África Ocidental e Central – Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger – o WFP implementa um programa integrado de resiliência que apoia a adaptação climática e, ao mesmo tempo, protege os sistemas alimentares.

Na prática, isso significa reabilitar a terra, melhorar o acesso das pessoas a alimentos e dietas saudáveis, levar as crianças de volta à escola e desenvolver cadeias de valor para aumentar a renda e os empregos verdes.

Por exemplo, apesar da crescente insegurança na região, o WFP e as comunidades reabilitaram cerca de 158 mil hectares de terra degradada no Sahel nos últimos quatro anos por meio de iniciativas como as “meias-luas” – que coletam e mantêm a água das chuvas no solo.

Com maior ambição e vontade política, podemos diversificar, diminuir a emissão de carbono e melhorar a resiliência de nossos sistemas alimentares para enfrentar simultaneamente a crise climática e a insegurança alimentar.

Os líderes mundiais têm um grande desafio pela frente, mas com uma ação global coordenada, podemos enfrentar a crise climática.

Saiba mais sobre o trabalho de ação climática do WFP aqui.


Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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