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Segundo dados do sistema de alertas de desmatamento do Inpe, foram registrados 555 km² com alertas na Amazônia. Pará, Rondônia e Mato Grosso lideram

Por Greenpeace Brasil | Dados do sistema Deter-B, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje (9), revelam que 555 km² da Amazônia estiveram sob alertas de desmatamento durante o mês de novembro, registrando o segundo maior número da série histórica, iniciada em 2015, sendo apenas 7 kmmenor que o recorde de 562 kmregistrado em 2019. 

Imagem: Reprodução

Trata-se de um aumento de 123% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a área com alertas registrou 249 km². Lidera o ranking da destruição da Amazônia o estado do Pará (26%), seguido de Rondônia (21%) e Mato Grosso (19%). 

No acumulado entre janeiro e novembro de 2022, houve recorde da série histórica: 10.049 km² de destruição, número que já supera o total de alertas de desmatamento de qualquer ano anterior medido pelo sistema.

Para Rômulo Batista, da campanha de Amazônia do Greenpeace, este resultado confirma a tendência de aumento da destruição da Amazônia visto ao longo dos últimos quatro anos sob a gestão Bolsonaro. Como legado para a população brasileira, Bolsonaro entrará para a história como o presidente responsável por fazer com que as taxas de desmatamento atingissem um patamar que não se via há pelo menos 13 anos, mantendo-se acima dos 10 mil km².  

Dados do Deter-B/Inpe de novembro. Imagem por Inpe

“Estamos cansados de ver, mês após mês, um número enorme de alertas de desmatamento na Amazônia. O próximo governo terá um árduo trabalho pela frente para diminuir esses índices alarmantes e nós seguiremos, como sempre fizemos, cobrando ações efetivas de combate ao desmatamento, garimpo ilegal, invasão de áreas protegidas, grilagem e violência contra os povos da floresta, pois não há tempo a perder”, afirma Rômulo.

A destruição desenfreada da Amazônia tem nos deixado cada vez mais perto de um ponto de não retorno, também chamado de Tipping Point, quando a floresta não será mais capaz de se recuperar, deixando de oferecer todos os serviços ecossistêmicos que nos fornece hoje, como a distribuição de água pelo continente, o armazenamento de carbono e a proteção contra doenças. O desmatamento precisa ser contido, e isso é urgente. 

Nesta semana, começou a 15ª Conferência de Biodiversidade da ONU (COP15), que acontece em Montreal (Canadá). A Conferência reúne líderes mundiais, organizações de meio ambiente e ativistas para discutir metas e objetivos que vão nortear as ações globais para reverter a perda da biodiversidade global até 2030. 

O Greenpeace Brasil participa da COP da Biodiversidade pautando questões-chave: a proteção dos direitos indígenas e o reconhecimento explícito dos Povos Indígenas e comunidades locais na proteção da biodiversidade global; a criação de uma meta global ambiciosa para proteger pelo menos 30% da terra e 30% dos mares até 2030; e a implementação de ferramentas e medidas claras, bem como financiamento equitativo para a implementação dessas metas.

Este texto foi originalmente publicado pelo Greenpeace Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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