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Especialistas acreditam que cultivos indígenas podem nos ajudar a sobreviver às mudanças climáticas, entenda

Grande parte dos alimentos comumente consumidos atualmente derivam de cultivos indígenas tradicionais. Uma matéria sobre o livro do sociólogo Carlos Alberto Dória publicada na Revista Pesquisa Fapesp, por exemplo, evidencia que povos indígenas do Sul e do Sudeste do Brasil antes da colonização cultivavam alimentos como milho, abóbora e feijão.

Esses e diversos outros alimentos foram adaptados a sistemas agrícolas modernos com a expansão da tecnologia e hoje fazem parte da alimentação do mundo inteiro. No entanto, com isso, se distanciaram do que é definido atualmente como cultivos indígenas

Em dias atuais, muitas vezes os cultivos indígenas são chamados de “cultivos órfãos”, por não terem um papel significativo dentro da economia agrícola mundial. Eles representam uma pequena parcela de todas as plantações do mundo, mas podem oferecer diversos benefícios ao meio ambiente. 

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Agentes indígenas usam tecnologia no combate do desmatamento na Amazônia

Conservação

As terras indígenas tradicionais representam cerca de 80% de toda a biodiversidade do planeta, com um sistema alimentício que desempenha um papel importante dentro da conservação desses territórios. (1)

Em geral, territórios indígenas demonstram naturalmente um maior nível de conservação em comparação com outras partes do planeta. O relatório “Amazônia Contra o Relógio: uma avaliação regional sobre onde e como proteger 80% até 2025”, por exemplo, comprovou que 86% do desmatamento na Amazônia é concentrado fora de Terras Indígenas ou de áreas protegidas — o que indica o potencial de conservação apresentado por esses locais.

A valorização de cultivos indígenas e alimentos locais contribui para essa conservação.

Auxílio nas mudanças climáticas

De acordo com uma pesquisa de 2022, os cultivos indígenas podem nos ajudar a sobreviver às mudanças climáticas. Por serem adaptados exclusivamente aos seus ambientes locais, esses cultivos frequentemente demonstram uma certa tolerância a condições ambientais desafiadoras, sendo uma alternativa viável para técnicas agrícolas atuais. 

Desse modo, frente a um futuro ameaçado pela crise climática, investir em técnicas indígenas agrícolas e nesses cultivos locais pode ser uma solução para assegurar a produção de comida. 

Segurança alimentar 

Além de se diferenciar de práticas agrícolas modernas que são prejudiciais ao meio ambiente, o tipo de cultivo exercido por comunidades indígenas garante a segurança alimentar desses grupos — que são constantemente ameaçados pela perda de territórios impulsionada por sistemas agrícolas agressivos.

Isso se dá justamente ao fato de que cultivos indígenas apresentam essa resiliência característica. Frente às constantes ameaças de áreas urbanas, comunidades indígenas mostraram-se fortes em sua própria produção agrícola. Diante da pandemia de coronavírus, por exemplo, diversas comunidades indígenas tiveram que se apoiar nos próprios cultivos locais e conseguiram manter a segurança alimentar de sua população. 

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Aumento do desmatamento em terras indígenas pode impedir o Brasil de cumprir metas climáticas

Dificuldades

Embora amplamente benéficos, os cultivos indígenas são frequentemente ameaçados. O constante desmatamento de áreas “protegidas” e o desrespeito sobre suas terras são empecilhos para a valorização dessa cultura. 

Portanto, é necessário contribuir para que vozes indígenas sejam ouvidas na luta por seus direitos e espaços.

Diversas medidas contra o desmatamento enfatizam a importância do reconhecimento de terras indígenas. A a ONU, por exemplo, ressaltou o método como fundamental na redução dos riscos consequentes às mudanças climáticas.


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