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Consulta regional foi realizada no Panamá, com a presença de representantes de governos de 20 países, com o objetivo de avaliar o uso sustentável e a conservação da biodiversidade para a a segurança alimentar e nutricional

A América Latina e o Caribe têm uma rica base de recursos genéticos que devem ser preservados para que o mundo alcance os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), lembrou, na segunda semana de março, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

“Com a erosão da biodiversidade, a humanidade perde o potencial de adaptar os ecossistemas diante dos novos desafios como o crescimento da população e a mudança climática”, disse Tito Díaz, coordenador sub-regional da FAO para a Mesoamérica.

Alcançar a segurança alimentar e nutricional para todos está intrinsecamente ligada à manutenção da biodiversidade, disse Díaz, durante a consulta regional sobre o Estado de Biodiversidade para Alimentação e Agricultura na América Latina e no Caribe.

O encontro reuniu mais de 20 representantes de governos da região no Panamá, entre os dias 8 e 10 de março, para uma avaliação global sobre o uso sustentável e conservação da biodiversidade para a segurança alimentar e nutricional.

A América Latina e o Caribe têm a maior base de recursos genéticos de espécies cultivadas e consumidas em todo o mundo, tais como milho, batata, mandioca, batata-doce, tomate, feijão, amendoim e abóbora.

De acordo com a FAO, a região também tem uma grande quantidade de alimentos silvestres, plantas comestíveis e espécies animais não tradicionais e subutilizadas, e conta com uma grande diversidade de ecossistemas, sistemas produtivos e conhecimento indígena sobre a manutenção e o uso da biodiversidade para a alimentação e a agricultura.

Um tesouro escondido

A consulta regional vai dar suporte para o próximo relatório intitulado ‘O Estado da Biodiversidade Mundial para a Alimentação e a Agricultura’, que deve ser publicado em 2017.

“Os relatórios anteriores analisaram recursos genéticos animais, florestais e aquáticos; e a biodiversidade de uso direto por parte dos seres humanos. Este relatório é diferente: ele vai se centrar na diversidade de micro-organismos, invertebrados, anfíbios, répteis, aves, plantas e mamíferos encontrados nos sistemas de produção de alimentos e que muitas vezes contribuem com importantes serviços de apoio à produção agrícola”, disse Irene Hoffmann, secretária da Comissão de Recursos Genéticos para a Alimentação e Agricultura da FAO.

“Tenho certeza que este relatório vai reforçar a nossa compreensão do tesouro escondido que representa a biodiversidade e que apoia a agricultura, a pecuária, a silvicultura e a pesca”, disse Hoffman.

FAO vai ajudar os governos a preservar os recursos naturais e combater as mudanças climáticas

Durante a recente Conferência Regional, a FAO estabeleceu como prioridade nas suas iniciativas regionais ajudar os países a preservar os recursos naturais, combater as mudanças climáticas e a gestão de risco de desastres.

A FAO vai promover ações destinadas a apoiar a transição do setor agrícola da região para o desenvolvimento sustentável, a pesca sustentável, a gestão integrada da zona costeira, a utilização sustentável dos recursos naturais e da agricultura climaticamente inteligente.

A iniciativa regional vai promover políticas agroambientais e agroecológicas, fortalecendo a conservação dos recursos naturais e resgatando os alimentos e as culturas tradicionais e subutilizadas.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15 da Agenda 2030, adotada no ano passado pela comunidade internacional, aborda diretamente a biodiversidade.

A principal meta é “promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, combater a desertificação, deter e inverter a degradação da terra e frear a perda de biodiversidade”.

De acordo com a FAO, sete dos 25 lugares do mundo com altas concentradas de espécies endêmicas estão na América Latina e no Caribe. No entanto, a região apresenta um processo de erosão fito e zoo-genéticos pela ampliação da fronteira agrícola e a proliferação do uso de poucas espécies.

“As espécies nativas e as variedades tradicionais são abandonadas e substituídas pela monocultura e a pecuária extensiva, o que fez com que as dietas das populações locais se tornem cada vez mais homogênea e menos variada”, explicou Diaz.


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