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Equipe liderada por brasileiro descobre como funciona o mecanismo de repelentes de insetos e composto natural alternativo para ele

O DEET, composto criado pelo exército americano durante a década de 60, é utilizado por grande parte dos inseticidas no mercado, mas até agora não se sabia muito sobre seu mecanismo de ação. Um novo estudo da Universidade de Davis, nos Estados Unidos, liderado pelo cientista brasileiro Walter Leal, traz à tona uma descoberta que possibilita o desenvolvimento de tipos repelentes mais baratos e eficazes.

Para repelir os insetos, o DEET interfere no funcionamento de receptores sensoriais encontrados em suas antenas. Ao mapear o transcriptoma (conjunto de RNAs da célula) da antena do mosquito Culex quinquefasciatus, a equipe localizou o receptor olfativo OR136, afetado pelo composto.

Segundo Leal, o mesmo receptor sensível ao DEET pode ser encontrado em outras espécies de insetos, o que dá esperanças de que a reação seja parecida em outros artrópodes. “Dessa forma, a resposta de muitos artrópodes ao DEET pode ser a mesma. A chave está no receptor que encontramos e que pode agora ser alvo de estudos para potencializar o efeito de novos repelentes”, informou o brasileiro.

O estudo também indicou que o DEET possui uma defesa química similar à de plantas quando atacadas. Esse fato possibilitou localizar uma substância natural capaz de repelir insetos, o Metil Jasmonato, que pode levar à formulação de alternativas ao DEET e a seus efeitos adversos.

Para Leal, um composto melhorado e derivado de substâncias naturais poderia reduzir a concentração do repelente, diminuindo custos e ampliando possibilidades de aplicação, além de poder representar uma boa saída para amenizar casos graves de saúde pública no mundo inteiro, tornando um importante aliado na luta de doenças como malária, febre amarela, dengue, leishmaniose, entre outras. Com a falta de vacinas em muitas regiões pobres do mundo, o uso de repelente se mostra a melhor alternativa na hora da prevenção.

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