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Cientistas descobriram que os homens resistem a reduzir o consumo de carne porque isso pode ferir sua masculinidade

Masculinidade frágil é a necessidade constante que homens têm de provar sua adequação ao gênero masculino. Essa necessidade gera ansiedade na medida em que o homem sente que está se distanciando do que a sociedade denomina como padrão de masculinidade. Este sentimento pode motivar a pessoa a ter atitudes e ações compensatórias, que têm o intuito de restaurar as “verdadeiras” ações masculinas.

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Um novo estudo realizado pela Universidade de Canberra, na Austrália, descobriu que, entre essas atitudes, está o ato de consumir carne. Os pesquisadores entrevistaram 5.244 homens e mulheres sobre suas crenças sobre gênero e atitudes em relação ao consumo de carne e chegaram à conclusão que os homens resistem a reduzir o consumo de carne porque isso pode ferir sua masculinidade. O estudo também concluiu que esse grupo também é menos propenso a adotar filosofias de vida como o veganismo. 

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De modo surpreendente, o estudo não identificou os menos resultados para mulheres mais femininas, e os pesquisadores disseram que isso ocorreu porque a masculinidade “requer demonstração constante para ser validada”, enquanto a feminilidade não.

De acordo com os cientistas, “As representações da carne na mídia são de gênero, e muitos anúncios posicionam a carne como ‘masculina’”. 

“Mesmo os meninos em idade pré-escolar associam implicitamente a carne à masculinidade”, explicaram os pesquisadores. 

Relação entre masculinidade e redução de carne para homens (preto), feminilidade e redução de carne para mulheres (cinza)

Relação entre masculinidade e redução de carne para homens (preto), feminilidade e redução de carne para mulheres (cinza)

Da mesma forma, algumas pesquisas sugeriram que o vegetarianismo e os comportamentos pró-ambientais são vistos como femininos.

Para o estudo, publicado na Sex Roles, os pesquisadores queriam ver se esse era o caso, descobrindo se existe uma correlação entre o consumo de carne e a masculinidade percebida.

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Os autores dizem que os carnívoros tendem a justificar o sofrimento animal envolvido no preparo de sua comida com um dos quatro motivos: é bom, normal, necessário ou natural.

Um exemplo disso seria que a posição dominante dos humanos na cadeia alimentar significa que eles têm o direito de comer outros animais.

“Pode ser o maior endosso da masculinidade dos homens que os torna mais dispostos a defender o consumo de animais com base na normalidade e no prazer”, escreveram os autores. 


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